Toda gravidez tem
o seu momento certo para acontecer, essa situação é ainda mais delicada quando
a mulher acabou de ter filhos.
Cabe ao casal
decidir se a hora chegou, já que outro bebê altera totalmente a rotina e
precisa de muita dedicação.
Para ajudar a vida de muitos casais, existem métodos para diminuir as
chances ou até mesmo nunca mais engravidar. Por isso, preparamos uma matéria
especial para você conhecer todos os tipos e o que precisa saber sobre cada um
deles.
Temporários ou Reversíveis
Uma vez interrompidos, permitem nova gravidez. Incluem os métodos
naturais, de barreira e até mesmo os hormonais.
A amamentação interfere nos sinais indicativos de
fertilidade, então o uso de métodos naturais baseados na temperatura basal, no
muco cervical e na tabelinha é prejudicado. Se houver menstruação no período, o cuidado deve ser
redobrado.
Os métodos de barreira – diafragma e preservativos – não interferem no
aleitamento, mas podem provocar incômodos já que a lubrificação vaginal fica
reduzida.
Nos métodos hormonais, são permitidos apenas os anticoncepcionais orais
à base exclusivamente de progesterona, os injetáveis trimestrais, o sistema
intrauterino (SIU) de hormônio e o implante subdérmico.
O anel vaginal, o adesivo e as pílulas combinadas
são contraindicados por conter estrogênio, hormônio muito usado em contraceptivos que
interfere na qualidade e quantidade de leite.
Definitivos ou Irreversíveis
Métodos para quem tem certeza de que não quer filhos novamente. São
eles: a laqueadura, que não interfere no aleitamento, e a vasectomia. Por serem
métodos irreversíveis, sua adoção deve ser muito bem analisada.
Agora que você já sabe sobre os métodos contraceptivos, ficou mais fácil
escolher se quer ou não engravidar novamente.
Lembre-se: o aleitamento ajuda a impedir uma nova gestação, mas essa
proteção só ocorre caso a mulher ainda não tenha menstruado.
Confira os métodos contraceptivos que podem ser
utilizados durante o aleitamento.
Sistema Intrauterino (SIU) liberador de hormônio
Conhecido como DIU
de hormônio, é uma estrutura inserida no útero, em formato de T, que contém em
sua base vertical um cilindro com o hormônio progestagênio (levonorgestrel),
que é liberado gradualmente. Tem alta eficácia, vantagem da praticidade, redução
do fluxo menstrual e validade de até 5 anos. Após sua remoção, ocorre rápido
retorno à fertilidade.
Dispositivo intrauterino (DIU)
Estrutura em
formato de T feita de plástico e cobre que, inserida dentro do útero, dificulta
a passagem dos espermatozoides e tem validade de até 10 anos.
Após sua remoção,
possui rápido retorno à fertilidade.
Implante subdérmico
Trata-se de um
bastão de progestagênio implantado sob a pele do antebraço que impede a
ovulação por até 3 anos.
Após sua remoção, possui
rápido retorno à fertilidade.
Laqueadura/vasectomia (irreversível)
Na laqueadura, as
tubas uterinas são bloqueadas, impedindo o acesso do espermatozoide ao óvulo. A
vasectomia é uma cirurgia realizada no homem que interrompe os canais
deferentes, impedindo que os espermatozoides cheguem à vesícula seminal e saiam
com o esperma.
Injetáveis
O contraceptivo
injetável trimestral possui apenas o hormônio progestagênio, que é liberado
lentamente no sangue. Inibe a ovulação, altera o muco cervical e modifica o
endométrio, fazendo com que algumas mulheres parem de menstruar durante o seu
uso. Injetáveis mensais não devem ser utilizados durante o aleitamento.
Minipílula
A pílula de
progesterona, também conhecida como minipílula, protege da gravidez porque modifica
o muco cervical impedindo a subida dos espermatozoides para o útero. Sua
eficácia está diretamente ligada ao uso correto da pílula.
Método de amamentação e amenorreia
Trata-se de um
método natural. A mulher que amamenta um bebê exclusivamente com leite materno
por, no mínimo, quatro vezes ao dia e ainda não apresentou menstruação pode
ficar protegida de uma nova gravidez por até 6 meses.
Camisinha
Pode ser masculina ou feminina. É considerada um método de barreira, que
traz o benefício adicional de dificultar a transmissão de doenças sexuais. Deve
ser usada em todas as relações sexuais e em todos os momentos da vida. É
descartável e deve ser substituída a cada nova relação sexual.
Diafragma
Trata-se de uma capa plástica ou de borracha que a
própria mulher coloca dentro da vagina, criando uma barreira para a entrada de
espermatozoides no útero. O diafragma deve ser retirado após 6 horas desde a
relação sexual e não protege contra doenças sexualmente transmissíveis.
Espermaticida
Com um índice de
falha que oscila entre 18% e 29%, trata-se de um produto que a mulher introduz
na vagina antes de cada relação sexual e cuja ação química mata os
espermatozoides. Deve ser usado com a camisinha ou o diafragma para maior
eficácia.
Coito interrompido
Durante a relação
sexual, o pênis é removido da vagina antes da ejaculação. Não deve ser
utilizado como método contraceptivo, pois apresenta um elevado número de
falhas.
Tabelinha
Com índices de
falha de 5% a 25%, mulheres com ciclos menstruais regulares devem limitar as
relações sexuais ao período não fértil, calculado por meio do intervalo e das
janelas de tempo entre as menstruações. Durante o aleitamento, em razão da
ausência de menstruação, não deve ser utilizada, pois não há data para prever o
período fértil.
Método de ovulação
Com níveis de falha
entre 3% e 25%, trata-se de um método natural no qual as relações sexuais são
mantidas apenas no período em que a mulher não está fértil, quando o muco
cervical – secreção eliminada pela vagina – se apresenta mais espesso e
esbranquiçado. Muco fluido e transparente, por outro lado, indica período
fértil. Se houve menstruação durante o aleitamento, deve ser vista com cautela.