segunda-feira, 23 de junho de 2025

Secretaria da Mulher se reúne com o Movimento de Mulheres Negras e apresenta resultados de políticas públicas

 A apresentação dos resultados do Termo de Fomento nº 01/2024, celebrado em março de 2024 entre a Secretaria de Estado da Mulher (Semulher) e a Associação de Mulheres Negras do Acre, foi a pauta central do encontro realizado nesta quinta-feira, 20, em Rio Branco, na sede da instituição




Associação de Mulheres Negras do Acre foi a pauta central do encontro realizado. Foto: Franklin Lima/Semulher

Com o tema “Valorização da cultura afro no Acre: desconstruindo o racismo e as violências contras as mulheres”, o projeto recebeu o valor de R$ 604.447,86  para executar as atividades do movimento em um período de dez meses, que incluiu: oficinas de culinária, vestimentas, danças (samba de roda, capoeira e maculelê) e penteados afro, além de mostras culturais em âmbito regional e municipal.
O projeto destacou também, no relatório narrativo de prestações de contas, a realização de palestras e seminários de formação para os movimentos sociais e instituições conveniadas, com o intuito de ampliar o acesso à cultura negra e qualificar as discussões dentro dos setores públicos.

Palestras e seminários de formação para os movimentos sociais e instituições conveniadas têm o intuito de ampliar o acesso à cultura negra e qualificar as discussões dentro dos setores públicos. Foto: Franklin Lima/Semulher

Durante o encontro, a coordenadora administrativa da Associação de Mulheres Negras, Almerinda Cunha, destacou a importância de promover o diálogo reflexivo e incentivar a luta organizada. “Percebam que nós organizamos o movimento, atuando junto aos órgãos, para que tenhamos uma ação integrada do Judiciário, Executivo, Legislativo, em conjunto com a Saúde, Educação e Segurança, que fortaleça o combate ao racismo e a violência contra mulheres”, disse a coordenadora.
Nós organizamos o movimento, atuando junto aos órgãos. Foto: Franklin Lima/Semulher

Iraceli Brito, que integra a diretoria da Associação de Mulheres Negras, ressaltou que os momentos de diálogo são essenciais para que as mulheres negras possam continuar na luta por direitos. “A luta dentro dos movimentos permite que os direitos das mulheres continuem sendo conquistados, e que as mulheres sigam em busca de seus objetivos, sempre de cabeça erguida”, afirmou.
Na oportunidade, a secretária de Estado da Mulher, Márdhia El-Shawwa, agradeceu o trabalho da coordenadora Almerinda Cunha. “Essa iniciativa é extremamente importante para o nosso trabalho, já que aproxima o poder público e a sociedade. Nosso agradecimento à Associação de Mulheres Negras, que facilita o nosso trabalho, que chega e aponta onde devemos atuar, onde trabalhar, tudo em prol das meninas e mulheres do nosso estado, e principalmente da comunidade negra”, declarou.
Essa iniciativa é extremamente importante para o nosso trabalho, já que aproxima o poder público e a sociedade. Foto: Franklin Lima/Semulher

Também estiveram presentes no evento representantes do Conselho Estadual de Educação, Fórum de Educação Étnico Racial, Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, Secretaria Municipal de Educação, Tribunal de Contas do Estado, Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Acre, Controladoria-Geral da União e do movimento social Slam do Acre.


https://agencia.ac.gov.br/secretaria-da-mulher-se-reune-com-o-movimento-de-mulheres-negras-e-apresenta-resultados-de-politicas-publicas/




quarta-feira, 18 de junho de 2025

ONU Mulheres e Claro assinam acordo para projeto com foco em mulheres em situação de violência doméstica e refugiadas

 Nesta terça-feira (20), a Claro e a ONU Mulheres anunciaram um acordo para a viabilização de um projeto para apoiar mulheres em situação de violência doméstica e refugiadas. A iniciativa, decorrente de ação da Anatel, será implementada em 10 capitais brasileiras e oferecerá capacitação em direitos humanos e letramento digital, visando a autonomia financeira das participantes.

O projeto “Mulher + Tech – conexão para novos começos” deve contar com a participação de 10 organizações parceiras da sociedade civil, com atuação regional, que, sob a supervisão da ONU Mulheres, entidade reconhecida como uma voz forte e ressonante para mulheres e meninas no Brasil e no mundo, serão responsáveis pela operacionalização das capacitações e acompanhamento das participantes durante as agendas presenciais. As organizações, que serão selecionadas por meio de edital, irão receber um investimento inicial para apoiar a implementação do programa – ou ‘investimento semente’ –; além de suporte em infraestrutura, com conectividade e equipamentos, fornecidos pela operadora.

O ciclo de capacitação e letramento digital terá duração de um ano e vai contemplar 1.300 mulheres. No início do programa, as participantes já recebem um chip da operadora com plano gratuito por 12 meses. Ao final, a Claro também oferecerá um aparelho celular para todas as participantes presencialmente capacitadas, que alcançarem mais de 75% de frequência, para que possam colocar em prática as habilidades digitais desenvolvidas para conquistar oportunidades de trabalho e independência financeira, possibilitando mais autonomia e melhores condições para suas famílias

Segundo dados pesquisa “Visível e Invisível: a vitimização de mulheres no Brasil – 2023”, realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e pelo DataFolha, 35 mulheres foram agredidas física ou verbalmente por minuto e cerca de 51 mil mulheres sofreram violência diariamente em 2022. Um estudo desenvolvido graças à cooperação técnica entre ONU Mulheres, a ACNUR, Agência da ONU para Refugiados, e o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), identificou que dentre as mulheres venezuelanas interiorizadas 5,74% relataram ter sofrido algum tipo de violência.

José Félix, presidente da Claro, comenta que o projeto nasceu de conversas com a Anatel sobre a diferença que o acesso à conectividade e a ferramentas digitais poderia fazer no dia a dia desse público. “A tecnologia desempenha um papel essencial na nossa sociedade e pode representar uma oportunidade única de recomeço para essas mulheres. Temos o propósito de usar a conectividade como uma ferramenta para transformação e uma forte conexão com o pilar de responsabilidade social. Neste projeto, focamos naquilo que temos de melhor, a conectividade e o conhecimento de tecnologia da Claro e seu compromisso com a Responsabilidade Social, e convidamos a ONU Mulheres para somar com a experiência acumulada durante anos de atuação em prol da promoção de melhores condições para mulheres em situação de vulnerabilidade”, conclui Félix.

A Representante Interina de ONU Mulheres no Brasil, Ana Carolina Querino, ressalta a importância no letramento digital para a autonomia econômica de mulheres e para o enfrentamento da violência: “A digitalização do trabalho revolucionou nossas vidas, mas também amplificou as desigualdades e abriu espaço para novas formas de violência. Por isso, é estratégico investir e mobilizar para diminuir a lacuna que ainda existe no acesso das mulheres ao conhecimento e recursos. Só assim elas serão capazes de efetivar seus direitos também com o uso das novas tecnologias”, afirma.

A parceria foi celebrada em evento nesta terça-feira (20), com a presença de autoridades, como o Ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, seu antecessor, o Deputado Federal Juscelino Filho, e representantes de entidades da sociedade civil e da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), como o Presidente Carlos Baigorri e os Conselheiros Cristiana Camarate e Alexandre Freire, este último, responsável por iniciar o diálogo com a Claro que originou o projeto.

“Este projeto representa um passo importante na redução das desigualdades e no fortalecimento da autonomia de mulheres que, historicamente, enfrentam desafios para conquistar os mesmos direitos e oportunidades que os homens”, conclui Alexandre Freire, Conselheiro da Anatel.

https://www.onumulheres.org.br/noticias/onu-mulheres-e-claro-assinam-acordo-para-projeto-com-foco-em-mulheres-em-situacao-de-violencia-domestica-e-refugiadas/#:~:text=Nesta%20ter%C3%A7a%2Dfeira,Conselheiro%20da%20Anatel.

segunda-feira, 16 de junho de 2025

Semulher promove formação da Rede de Atendimento às Mulheres em Tarauacá

 A Secretaria de Estado da Mulher do Acre (Semulher) realizou, nesta terça-feira, 13, o Encontro de Formação da Rede de Atendimento às Mulheres em Situação de Violência, em Tarauacá. A ação teve como objetivo fortalecer a articulação das políticas públicas voltadas à proteção e ao acolhimento de mulheres vítimas de violência.

Semulher realiza formação de profissionais da Rede de Atendimento à Mulher em Tarauacá. Foto: cedida



A oficina é voltada a representantes das áreas da saúde, assistência social, justiça e segurança pública. A formação integra as ações do Convênio n° 951572, firmado entre o governo do Acre e o Ministério das Mulheres, que prevê a capacitação de gestores municipais e profissionais da rede de apoio em 13 municípios do estado.

Equipe multidisciplinar da Secretaria da Mulher trata sobre assuntos das áreas da saúde, assistência social, justiça e segurança pública. Foto: cedida

Durante o encontro, a equipe multidisciplinar da Semulher dialogou sobre fluxos de atendimento, importância do acolhimento humanizado e a atuação integrada dos órgãos envolvidos. A qualificação também abordou a legislação vigente e as responsabilidades de cada instituição no enfrentamento à violência de gênero.

A secretária de Estado da Mulher, Márdhia El-Shawwa, destacou: “Nossa meta é garantir que todas as mulheres, independentemente de onde estejam, tenham acesso a uma rede preparada para acolher, proteger e orientar. O fortalecimento da rede municipal é essencial para o enfrentamento efetivo da violência”, afirmou.

Representante de organismo de política para as mulheres (OPM) de Tarauacá, Vanessa Cabral participou da formação. Foto: cedida

Representante de organismo de política para as mulheres (OPM) de Tarauacá, Vanessa Cabral, foi uma das gestoras que participou da formação e afirmou que a iniciativa faz com que haja a integração entre os órgãos responsáveis, por prestar assistência as mulheres da cidade. “Todos os órgãos precisam conhecer o seu papel, para que a gente possa desenvolver esse trabalho”, disse.

https://agencia.ac.gov.br/semulher-promove-formacao-da-rede-de-atendimento-as-mulheres-em-tarauaca/

MULHERES DE TARAUACÁ PARTICIPAM DE CORRIDA COMEMORATIVA EM FEIJÓ

 



No último sábado, 8 de março, a Prefeitura de Feijó, com o apoio do grupo de corrida Feijó Runners e do SICRED, organizou uma corrida para comemorar o dia internacional da mulher. A corrida 'Mulheres que Inspiram' teve percurso de 5 e 10 km.

Classificação nos 5 km

1 lugar
Tainara Oliveira / Tempo 22:58 hs

2 lugar
Viviane Souza / Tempo: 23:44 hs

3 lugar
Patrícia Mendonça / Tempo: 24:30 hs

Na corrida participaram homens, mulheres de crianças, mas, só as mulheres entraram na disputavam. De Tarauacá foram 4 pódios dos 6. Todas as mulheres do grupo Amigos da Corrida .

Classificação dos 10 km

1 lugar
Edineida Menezes / Tempo: 47:35 hs

2 lugar
Naiane Dourado / Tempo 54:37 hs

3 lugar
Mirla Dimas / Tempo 55:58 hs


Primeiro lugar Tarauacá do Grupo Amigos da Corrida e segundo e terceiro lugar do Grupo de Corrida Feijó Runners.

https://acciolytk.blogspot.com/2025/03/mulheres-de-tarauaca-participam-de.html

Estela Bezerra é nomeada secretária nacional de Enfrentamento à Violência contra Mulheres no Ministério das Mulheres

 

Natural de João Pessoa/PB, Estela foi duas vezes eleita deputada estadual pela Paraíba.

A jornalista paraibana Estelizabel Bezerra de Souza, mais conhecida como Estela Bezerra, foi nomeada para o cargo de secretária Nacional de Enfrentamento à Violência Contra Mulheres (SENEV) do Ministério das Mulheres. Natural de João Pessoa, na Paraíba, é mulher negra, feminista e defensora de Direitos Humanos. A nomeação foi publicada no Diário Oficial da última sexta-feira (06/06).

Formada pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) em Jornalismo, Estela Bezerra implantou, em 2004, o primeiro mecanismo de promoção de políticas públicas para igualdade de gênero na Paraíba, a Coordenadoria de Políticas para Mulheres, na Prefeitura de João Pessoa. Foi também secretária de Transparência, coordenadora do Orçamento Democrático e primeira mulher a ser secretária de Planejamento da capital paraibana.

Atuou durante 15 anos no coletivo feminista Cunhã, de seu estado. Entre 2013 e 2014, foi secretária de Estado de Comunicação Institucional e chefe de gabinete do Governo da Paraíba.

Na sequência, foi duas vezes eleita deputada estadual – 2014 e 2018 –, durante os dois mandatos foi autora de legislações relevantes à promoção da proteção social e garantia da cidadania. Presidiu as comissões de Constituição, Justiça e Redação, de Educação, Cultura e Desportos e dos Direitos das Mulheres. Também esteve na liderança das frentes parlamentares da Reforma Política, Ambientalista, pelos Direitos da População LGBT e em Defesa da Democracia e da Diversidade.

SENEV

A Secretaria Nacional de Enfrentamento à Violência contra Mulheres (SENEV) coordena, pelo Ministério das Mulheres, a formulação de políticas de enfrentamento à violência contra mulheres em diversos aspectos, que vão da prevenção à assistência às mulheres em situação de violência.

A SENEV é responsável pela gestão da Central de Atendimento à Mulher, o Ligue 180, destinado a receber denúncias e reclamações e prestar informações sobre o tema, e pela implantação de Casas da Mulher da Brasileira, em parceria com estados e municípios.

Realiza, ainda, estudos e pesquisas com vistas à redução do feminicídio e de assassinatos de meninas e mulheres por arma de fogo.

https://www.gov.br/mulheres/pt-br/central-de-conteudos/noticias/2025/junho/estela-bezerra-e-nomeada-secretaria-nacional-de-enfrentamento-a-violencia-contra-mulheres-no-ministerio-das-mulheres

Categoria

Comunicações e Transparência Pública

Publicado em 09/06/2025 18h21 Atualizado em 09/06/2025 18h37

segunda-feira, 12 de maio de 2025

ELAS+ lança a 8ª edição do Edital Mulheres em Movimento


 ELAS+ Doar para Transformar lança no dia 10 de maio o Edital Mulheres em Movimento 2024 – por Democracia, Justiça de Gênero e Climática, em parceria com a ONU Mulheres. Com a proposta de apoiar iniciativas de mulheres cis, trans e outras transidentidades, o programa chega à oitava edição, em que vai distribuir R$ 3 milhões para 60 iniciativas lideradas por elas em todo o território nacional. Cada grupo, com ou sem registro formal (CNPJ), receberá até R$ 50.000 de apoio flexível para o fortalecimento institucional e de suas capacidades de responder rapidamente aos contextos e crises. Este ano, o Edital também conta com o apoio de Channel Foundation, Equality Fund, Fondation Chanel, Levi Strauss Foundation e Wellspring Philanthropic Fund.  

Ao longo de quase 24 anos de atuação, o ELAS+ apoiou mais de 1,2 mil grupos e organizações com mulheres na liderança e que atuam na defesa de questões como uma vida sem violência, direitos LBTIs, direito à moradia e à saúde, contra todas as formas de racismo, direito à cidade, direitos trabalhistas, justiça ambiental.

“O Mulheres em Movimento é um compromisso do ELAS+ e de seus parceiros com as organizações de mulheres que estão todos os dias trabalhando por justiça social em todos os âmbitos: direitos das mulheres e da população LBTI+, justiça racial, justiça socioambiental, democracia, entre tantas outras agendas para as quais sabemos que têm sido fundamentais”, diz Savana Brito, diretora executiva do ELAS+.

Lançado em 2017, o Mulheres em Movimento é o maior programa do ELAS+, que trabalha com recursos direcionados a iniciativas e soluções sociais desenvolvidas e lideradas por mulheres. Como parte do Edital, o fundo promove encontros, chamados Diálogos, que reúne os grupos financiados para que tenham a oportunidade de construir conjuntamente, entre os diversos segmentos, análises de conjuntura, estratégias coletivas e alianças que impulsionam o seu desenvolvimento. 

“O apoio flexível é nosso modo de oferecer recursos financeiros e de desenvolvimento que possam fortalecer institucionalmente essas organizações e sobretudo garantir autonomia para que elas tenham melhores condições de responder rapidamente aos seus contextos, como têm feito mediante todas as crises enfrentadas pelo Brasil e pelo mundo, como a pandemia de Covid-19, os ataques à democracia e a seus direitos, as crises climáticas”, explica Savana. “Com essa iniciativa, o ELAS+ quer incentivar também todo o campo da justiça social e da filantropia a ampliar os esforços em direção ao financiamento feminista e flexível, baseado na confiança e na solidariedade”, completa.

O ELAS+, primeiro fundo filantrópico feminista e antirracista por justiça social no Brasil, vai completar 25 anos em 2025. A organização acredita que as mulheres são agentes de mudança e transformação indispensáveis para garantir a participação política de forma solidária e comprometida com a ampliação de direitos nos diferentes territórios do país e, por isso, fortalece os ativismos por meio de seu Edital anual. A consolidação de alianças entre os movimentos de mulheres tem se mostrado fundamental na construção de um futuro coletivo com justiça social, de gênero e climática.

Todas as iniciativas, com ou sem CNPJ, lideradas por mulheres, cis, trans e outras transidentidades, que tenham atuação direta no atendimento às comunidades, ações de mobilização social, promoção do debate público, advocacy, controle e participação social, atividades de formação e informação, ação coletiva ou trabalho em rede (intermovimentos, intergeracionais, interpaíses) poderão ser inscritas no Edital até o dia 10 de junho.

Para se inscrever, acesse o link: fundosocialelas.org/mulheres-em-movimento/

Dia Internacional da Mulher 2025 – para TODAS as mulheres e meninas: Direitos, Igualdade e Empoderamento

 

No dia 8 de março de 2025, junte-se a nós para celebrar o Dia Internacional da Mulher com o tema: “Para TODAS as mulheres e meninas: Direitos. Igualdade. Empoderamento.”

O tema deste ano representa um chamado para ações que possam ampliar a igualdade de direitos, poder e oportunidades para todas, e um futuro feminista onde nenhuma seja deixada para trás. O empoderamento da próxima geração é central para essa ideia — a juventude, especialmente as jovens mulheres e meninas, será protagonista de mudanças duradouras.

O ano de 2025 é um momento crucial na busca global pela igualdade de gênero e pelo empoderamento das mulheres, pois marca o 30º aniversário da Declaração e Plataforma de Ação de Pequim. Adotado por 189 governos ao fim da 4ª Conferência Mundial sobre a Mulher, realizada em 1995 na cidade de Pequim, o documento continua sendo o instrumento mais progressista para a promoção dos direitos das mulheres e meninas em todo o mundo, contando com amplo apoio. A Plataforma orienta políticas, programas e investimentos que impactam áreas críticas de nossas vidas, como educação, saúde, paz, mídia, participação política, empoderamento econômico e eliminação da violência contra mulheres e meninas. É urgente abordar publicamente essas questões, junto com prioridades emergentes relacionadas à justiça climática e ao poder das tecnologias digitais, tendo em vista que faltam apenas cinco anos para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.

O 30º aniversário da Declaração e Plataforma de Ação de Pequim também chega em meio à crescente insegurança e a crises acumuladas, o que está diminuindo a confiança na democracia e encolhendo o espaço cívico. Só no ano passado, 612 milhões de mulheres e meninas viveram em meio à brutal realidade dos conflitos armados, que aumentaram flagrantes 50% em apenas uma década.

Sob a bandeira da campanha global da ONU Mulheres para marcar o 30º aniversário da Declaração e Plataforma de Ação de Pequim, “Para TODAS as Mulheres e Meninas”, o Dia Internacional da Mulher deste ano é um chamado à mobilização em três áreas principais:

1. Promover os direitos de mulheres e meninas: Lutar incansavelmente pelos direitos humanos de mulheres e meninas, desafiando todas as formas de violência, discriminação e exploração.

2. Promover a igualdade de gênero: Abordar barreiras sistêmicas, desmantelar o patriarcado, transformar desigualdades estruturais e elevar as vozes de mulheres e meninas marginalizadas, inclusive das mais jovens, para garantir inclusão e empoderamento.

3. Fomentar o empoderamento: Redefinir estruturas de poder garantindo acesso inclusivo à educação, ao emprego, à liderança e aos espaços de decisão. Priorizar oportunidades para que jovens mulheres e meninas liderem e inovem.

Engaje mídia, líderes empresariais, governos, líderes comunitários, sociedade civil e juventude, bem outros grupos com influência, para agir em suas comunidades. Peça aos líderes para investirem na promoção dos direitos das mulheres e da igualdade de gênero. Compartilhe histórias e mensagens do Dia Internacional da Mulher nas plataformas digitais para gerar diálogo e inspirar ações.

Juntas, podemos ser a geração que fecha as lacunas para alcançar a igualdade de gênero.

A Declaração e Plataforma de Ação de Pequim transformou a agenda dos direitos das mulheres:

1. Proteção Legal: Antes de 1995, apenas 12 países tinham sanções legais contra a violência doméstica. Hoje, existem 1.583 medidas legislativas em vigor em 193 países, incluindo 354 direcionadas especificamente à violência doméstica. Essas leis representam uma recusa coletiva em tolerar abusos e impunidade.

2. Acesso a serviços: A Plataforma de Ação de Pequim exigiu serviços essenciais como abrigos, assistência jurídica, aconselhamento e cuidados de saúde para as sobreviventes da violência. Esses serviços se expandiram globalmente, oferecendo uma ajuda vital para muitas mulheres e meninas.

3. Engajamento juvenil: A agenda de Pequim inspirou uma nova onda de feministas jovens que estão agora envolvidas em movimentos pela justiça de gênero, utilizando plataformas digitais e impulsionando o ativismo pela igualdade.

4. Mudança de normas sociais: O acordo alcançado na 4ª Conferência Mundial sobre a Mulher desencadeou movimentos pelos direitos das mulheres em todo o mundo, desafiando estereótipos, ideias e práticas prejudiciais, e abrindo caminho para políticas, leis e instituições sensíveis à igualdade de gênero.

5. Participação das mulheres na paz: A Plataforma de Ação de Pequim enfatizou a necessidade de aumentar a participação plena e igualitária das mulheres em todos os níveis de resolução e prevenção de conflitos, inclusive na tomada de decisões. Hoje, existem 112 países com Planos de Ação Nacionais sobre mulheres, paz e segurança – um aumento significativo em relação aos 19 de 2010. Esses instrumentos têm sido fundamentais para facilitar a participação das mulheres na construção da paz e na recuperação pós-conflito, permitindo seu acesso a posições de tomada de decisão e abrindo caminho para novas leis que combatam a violência sexual em conflitos.

Apesar dos avanços significativos nos direitos das mulheres desde a adoção da Plataforma de Ação de Pequim em 1995, o mundo está enfrentando crises novas e relacionadas, bem como a erosão dos direitos. Neste Dia Internacional da Mulher, junte-se à ONU Mulheres para seguir em frente pelos direitos das mulheres. Não podemos dar um passo atrás.

 

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