A apresentação dos resultados do Termo de Fomento nº 01/2024, celebrado em março de 2024 entre a Secretaria de Estado da Mulher (Semulher) e a Associação de Mulheres Negras do Acre, foi a pauta central do encontro realizado nesta quinta-feira, 20, em Rio Branco, na sede da instituição
segunda-feira, 23 de junho de 2025
Secretaria da Mulher se reúne com o Movimento de Mulheres Negras e apresenta resultados de políticas públicas
quarta-feira, 18 de junho de 2025
ONU Mulheres e Claro assinam acordo para projeto com foco em mulheres em situação de violência doméstica e refugiadas
Nesta terça-feira (20), a Claro e a ONU Mulheres anunciaram um acordo para a viabilização de um projeto para apoiar mulheres em situação de violência doméstica e refugiadas. A iniciativa, decorrente de ação da Anatel, será implementada em 10 capitais brasileiras e oferecerá capacitação em direitos humanos e letramento digital, visando a autonomia financeira das participantes.
O projeto “Mulher + Tech – conexão para novos começos” deve contar com a participação de 10 organizações parceiras da sociedade civil, com atuação regional, que, sob a supervisão da ONU Mulheres, entidade reconhecida como uma voz forte e ressonante para mulheres e meninas no Brasil e no mundo, serão responsáveis pela operacionalização das capacitações e acompanhamento das participantes durante as agendas presenciais. As organizações, que serão selecionadas por meio de edital, irão receber um investimento inicial para apoiar a implementação do programa – ou ‘investimento semente’ –; além de suporte em infraestrutura, com conectividade e equipamentos, fornecidos pela operadora.
O ciclo de capacitação e letramento digital terá duração de um ano e vai contemplar 1.300 mulheres. No início do programa, as participantes já recebem um chip da operadora com plano gratuito por 12 meses. Ao final, a Claro também oferecerá um aparelho celular para todas as participantes presencialmente capacitadas, que alcançarem mais de 75% de frequência, para que possam colocar em prática as habilidades digitais desenvolvidas para conquistar oportunidades de trabalho e independência financeira, possibilitando mais autonomia e melhores condições para suas famílias
Segundo dados pesquisa “Visível e Invisível: a vitimização de mulheres no Brasil – 2023”, realizada pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública e pelo DataFolha, 35 mulheres foram agredidas física ou verbalmente por minuto e cerca de 51 mil mulheres sofreram violência diariamente em 2022. Um estudo desenvolvido graças à cooperação técnica entre ONU Mulheres, a ACNUR, Agência da ONU para Refugiados, e o Fundo de População das Nações Unidas (UNFPA), identificou que dentre as mulheres venezuelanas interiorizadas 5,74% relataram ter sofrido algum tipo de violência.
José Félix, presidente da Claro, comenta que o projeto nasceu de conversas com a Anatel sobre a diferença que o acesso à conectividade e a ferramentas digitais poderia fazer no dia a dia desse público. “A tecnologia desempenha um papel essencial na nossa sociedade e pode representar uma oportunidade única de recomeço para essas mulheres. Temos o propósito de usar a conectividade como uma ferramenta para transformação e uma forte conexão com o pilar de responsabilidade social. Neste projeto, focamos naquilo que temos de melhor, a conectividade e o conhecimento de tecnologia da Claro e seu compromisso com a Responsabilidade Social, e convidamos a ONU Mulheres para somar com a experiência acumulada durante anos de atuação em prol da promoção de melhores condições para mulheres em situação de vulnerabilidade”, conclui Félix.
A Representante Interina de ONU Mulheres no Brasil, Ana Carolina Querino, ressalta a importância no letramento digital para a autonomia econômica de mulheres e para o enfrentamento da violência: “A digitalização do trabalho revolucionou nossas vidas, mas também amplificou as desigualdades e abriu espaço para novas formas de violência. Por isso, é estratégico investir e mobilizar para diminuir a lacuna que ainda existe no acesso das mulheres ao conhecimento e recursos. Só assim elas serão capazes de efetivar seus direitos também com o uso das novas tecnologias”, afirma.
A parceria foi celebrada em evento nesta terça-feira (20), com a presença de autoridades, como o Ministro das Comunicações, Frederico de Siqueira Filho, seu antecessor, o Deputado Federal Juscelino Filho, e representantes de entidades da sociedade civil e da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), como o Presidente Carlos Baigorri e os Conselheiros Cristiana Camarate e Alexandre Freire, este último, responsável por iniciar o diálogo com a Claro que originou o projeto.
“Este projeto representa um passo importante na redução das desigualdades e no fortalecimento da autonomia de mulheres que, historicamente, enfrentam desafios para conquistar os mesmos direitos e oportunidades que os homens”, conclui Alexandre Freire, Conselheiro da Anatel.
segunda-feira, 16 de junho de 2025
Semulher promove formação da Rede de Atendimento às Mulheres em Tarauacá
A Secretaria de Estado da Mulher do Acre (Semulher) realizou, nesta terça-feira, 13, o Encontro de Formação da Rede de Atendimento às Mulheres em Situação de Violência, em Tarauacá. A ação teve como objetivo fortalecer a articulação das políticas públicas voltadas à proteção e ao acolhimento de mulheres vítimas de violência.
Durante o encontro, a equipe multidisciplinar da Semulher dialogou sobre fluxos de atendimento, importância do acolhimento humanizado e a atuação integrada dos órgãos envolvidos. A qualificação também abordou a legislação vigente e as responsabilidades de cada instituição no enfrentamento à violência de gênero.
A secretária de Estado da Mulher, Márdhia El-Shawwa, destacou: “Nossa meta é garantir que todas as mulheres, independentemente de onde estejam, tenham acesso a uma rede preparada para acolher, proteger e orientar. O fortalecimento da rede municipal é essencial para o enfrentamento efetivo da violência”, afirmou.
https://agencia.ac.gov.br/semulher-promove-formacao-da-rede-de-atendimento-as-mulheres-em-tarauaca/
MULHERES DE TARAUACÁ PARTICIPAM DE CORRIDA COMEMORATIVA EM FEIJÓ
https://acciolytk.blogspot.com/2025/03/mulheres-de-tarauaca-participam-de.html
Estela Bezerra é nomeada secretária nacional de Enfrentamento à Violência contra Mulheres no Ministério das Mulheres
Natural de João Pessoa/PB, Estela foi duas vezes eleita deputada estadual pela Paraíba.
A jornalista paraibana Estelizabel Bezerra de Souza, mais conhecida como Estela Bezerra, foi nomeada para o cargo de secretária Nacional de Enfrentamento à Violência Contra Mulheres (SENEV) do Ministério das Mulheres. Natural de João Pessoa, na Paraíba, é mulher negra, feminista e defensora de Direitos Humanos. A nomeação foi publicada no Diário Oficial da última sexta-feira (06/06).
Formada pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB) em Jornalismo, Estela Bezerra implantou, em 2004, o primeiro mecanismo de promoção de políticas públicas para igualdade de gênero na Paraíba, a Coordenadoria de Políticas para Mulheres, na Prefeitura de João Pessoa. Foi também secretária de Transparência, coordenadora do Orçamento Democrático e primeira mulher a ser secretária de Planejamento da capital paraibana.
Atuou durante 15 anos no coletivo feminista Cunhã, de seu estado. Entre 2013 e 2014, foi secretária de Estado de Comunicação Institucional e chefe de gabinete do Governo da Paraíba.
Na sequência, foi duas vezes eleita deputada estadual – 2014 e 2018 –, durante os dois mandatos foi autora de legislações relevantes à promoção da proteção social e garantia da cidadania. Presidiu as comissões de Constituição, Justiça e Redação, de Educação, Cultura e Desportos e dos Direitos das Mulheres. Também esteve na liderança das frentes parlamentares da Reforma Política, Ambientalista, pelos Direitos da População LGBT e em Defesa da Democracia e da Diversidade.
SENEV
A Secretaria Nacional de Enfrentamento à Violência contra Mulheres (SENEV) coordena, pelo Ministério das Mulheres, a formulação de políticas de enfrentamento à violência contra mulheres em diversos aspectos, que vão da prevenção à assistência às mulheres em situação de violência.
A SENEV é responsável pela gestão da Central de Atendimento à Mulher, o Ligue 180, destinado a receber denúncias e reclamações e prestar informações sobre o tema, e pela implantação de Casas da Mulher da Brasileira, em parceria com estados e municípios.
Realiza, ainda, estudos e pesquisas com vistas à redução do feminicídio e de assassinatos de meninas e mulheres por arma de fogo.
https://www.gov.br/mulheres/pt-br/central-de-conteudos/noticias/2025/junho/estela-bezerra-e-nomeada-secretaria-nacional-de-enfrentamento-a-violencia-contra-mulheres-no-ministerio-das-mulheres
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segunda-feira, 12 de maio de 2025
ELAS+ lança a 8ª edição do Edital Mulheres em Movimento
O ELAS+ Doar para Transformar lança no dia 10 de maio o Edital Mulheres em Movimento 2024 – por Democracia, Justiça de Gênero e Climática, em parceria com a ONU Mulheres. Com a proposta de apoiar iniciativas de mulheres cis, trans e outras transidentidades, o programa chega à oitava edição, em que vai distribuir R$ 3 milhões para 60 iniciativas lideradas por elas em todo o território nacional. Cada grupo, com ou sem registro formal (CNPJ), receberá até R$ 50.000 de apoio flexível para o fortalecimento institucional e de suas capacidades de responder rapidamente aos contextos e crises. Este ano, o Edital também conta com o apoio de Channel Foundation, Equality Fund, Fondation Chanel, Levi Strauss Foundation e Wellspring Philanthropic Fund.
Ao longo de quase 24 anos de atuação, o ELAS+ apoiou mais de 1,2 mil grupos e organizações com mulheres na liderança e que atuam na defesa de questões como uma vida sem violência, direitos LBTIs, direito à moradia e à saúde, contra todas as formas de racismo, direito à cidade, direitos trabalhistas, justiça ambiental.
“O Mulheres em Movimento é um compromisso do ELAS+ e de seus parceiros com as organizações de mulheres que estão todos os dias trabalhando por justiça social em todos os âmbitos: direitos das mulheres e da população LBTI+, justiça racial, justiça socioambiental, democracia, entre tantas outras agendas para as quais sabemos que têm sido fundamentais”, diz Savana Brito, diretora executiva do ELAS+.
Lançado em 2017, o Mulheres em Movimento é o maior programa do ELAS+, que trabalha com recursos direcionados a iniciativas e soluções sociais desenvolvidas e lideradas por mulheres. Como parte do Edital, o fundo promove encontros, chamados Diálogos, que reúne os grupos financiados para que tenham a oportunidade de construir conjuntamente, entre os diversos segmentos, análises de conjuntura, estratégias coletivas e alianças que impulsionam o seu desenvolvimento.
“O apoio flexível é nosso modo de oferecer recursos financeiros e de desenvolvimento que possam fortalecer institucionalmente essas organizações e sobretudo garantir autonomia para que elas tenham melhores condições de responder rapidamente aos seus contextos, como têm feito mediante todas as crises enfrentadas pelo Brasil e pelo mundo, como a pandemia de Covid-19, os ataques à democracia e a seus direitos, as crises climáticas”, explica Savana. “Com essa iniciativa, o ELAS+ quer incentivar também todo o campo da justiça social e da filantropia a ampliar os esforços em direção ao financiamento feminista e flexível, baseado na confiança e na solidariedade”, completa.
O ELAS+, primeiro fundo filantrópico feminista e antirracista por justiça social no Brasil, vai completar 25 anos em 2025. A organização acredita que as mulheres são agentes de mudança e transformação indispensáveis para garantir a participação política de forma solidária e comprometida com a ampliação de direitos nos diferentes territórios do país e, por isso, fortalece os ativismos por meio de seu Edital anual. A consolidação de alianças entre os movimentos de mulheres tem se mostrado fundamental na construção de um futuro coletivo com justiça social, de gênero e climática.
Todas as iniciativas, com ou sem CNPJ, lideradas por mulheres, cis, trans e outras transidentidades, que tenham atuação direta no atendimento às comunidades, ações de mobilização social, promoção do debate público, advocacy, controle e participação social, atividades de formação e informação, ação coletiva ou trabalho em rede (intermovimentos, intergeracionais, interpaíses) poderão ser inscritas no Edital até o dia 10 de junho.
Para se inscrever, acesse o link: fundosocialelas.org/mulheres-em-movimento/
Dia Internacional da Mulher 2025 – para TODAS as mulheres e meninas: Direitos, Igualdade e Empoderamento
No dia 8 de março de 2025, junte-se a nós para celebrar o Dia Internacional da Mulher com o tema: “Para TODAS as mulheres e meninas: Direitos. Igualdade. Empoderamento.”
O tema deste ano representa um chamado para ações que possam ampliar a igualdade de direitos, poder e oportunidades para todas, e um futuro feminista onde nenhuma seja deixada para trás. O empoderamento da próxima geração é central para essa ideia — a juventude, especialmente as jovens mulheres e meninas, será protagonista de mudanças duradouras.
O ano de 2025 é um momento crucial na busca global pela igualdade de gênero e pelo empoderamento das mulheres, pois marca o 30º aniversário da Declaração e Plataforma de Ação de Pequim. Adotado por 189 governos ao fim da 4ª Conferência Mundial sobre a Mulher, realizada em 1995 na cidade de Pequim, o documento continua sendo o instrumento mais progressista para a promoção dos direitos das mulheres e meninas em todo o mundo, contando com amplo apoio. A Plataforma orienta políticas, programas e investimentos que impactam áreas críticas de nossas vidas, como educação, saúde, paz, mídia, participação política, empoderamento econômico e eliminação da violência contra mulheres e meninas. É urgente abordar publicamente essas questões, junto com prioridades emergentes relacionadas à justiça climática e ao poder das tecnologias digitais, tendo em vista que faltam apenas cinco anos para o alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável.
O 30º aniversário da Declaração e Plataforma de Ação de Pequim também chega em meio à crescente insegurança e a crises acumuladas, o que está diminuindo a confiança na democracia e encolhendo o espaço cívico. Só no ano passado, 612 milhões de mulheres e meninas viveram em meio à brutal realidade dos conflitos armados, que aumentaram flagrantes 50% em apenas uma década.
Sob a bandeira da campanha global da ONU Mulheres para marcar o 30º aniversário da Declaração e Plataforma de Ação de Pequim, “Para TODAS as Mulheres e Meninas”, o Dia Internacional da Mulher deste ano é um chamado à mobilização em três áreas principais:
1. Promover os direitos de mulheres e meninas: Lutar incansavelmente pelos direitos humanos de mulheres e meninas, desafiando todas as formas de violência, discriminação e exploração.
2. Promover a igualdade de gênero: Abordar barreiras sistêmicas, desmantelar o patriarcado, transformar desigualdades estruturais e elevar as vozes de mulheres e meninas marginalizadas, inclusive das mais jovens, para garantir inclusão e empoderamento.
3. Fomentar o empoderamento: Redefinir estruturas de poder garantindo acesso inclusivo à educação, ao emprego, à liderança e aos espaços de decisão. Priorizar oportunidades para que jovens mulheres e meninas liderem e inovem.
Engaje mídia, líderes empresariais, governos, líderes comunitários, sociedade civil e juventude, bem outros grupos com influência, para agir em suas comunidades. Peça aos líderes para investirem na promoção dos direitos das mulheres e da igualdade de gênero. Compartilhe histórias e mensagens do Dia Internacional da Mulher nas plataformas digitais para gerar diálogo e inspirar ações.
Juntas, podemos ser a geração que fecha as lacunas para alcançar a igualdade de gênero.
A Declaração e Plataforma de Ação de Pequim transformou a agenda dos direitos das mulheres:
1. Proteção Legal: Antes de 1995, apenas 12 países tinham sanções legais contra a violência doméstica. Hoje, existem 1.583 medidas legislativas em vigor em 193 países, incluindo 354 direcionadas especificamente à violência doméstica. Essas leis representam uma recusa coletiva em tolerar abusos e impunidade.
2. Acesso a serviços: A Plataforma de Ação de Pequim exigiu serviços essenciais como abrigos, assistência jurídica, aconselhamento e cuidados de saúde para as sobreviventes da violência. Esses serviços se expandiram globalmente, oferecendo uma ajuda vital para muitas mulheres e meninas.
3. Engajamento juvenil: A agenda de Pequim inspirou uma nova onda de feministas jovens que estão agora envolvidas em movimentos pela justiça de gênero, utilizando plataformas digitais e impulsionando o ativismo pela igualdade.
4. Mudança de normas sociais: O acordo alcançado na 4ª Conferência Mundial sobre a Mulher desencadeou movimentos pelos direitos das mulheres em todo o mundo, desafiando estereótipos, ideias e práticas prejudiciais, e abrindo caminho para políticas, leis e instituições sensíveis à igualdade de gênero.
5. Participação das mulheres na paz: A Plataforma de Ação de Pequim enfatizou a necessidade de aumentar a participação plena e igualitária das mulheres em todos os níveis de resolução e prevenção de conflitos, inclusive na tomada de decisões. Hoje, existem 112 países com Planos de Ação Nacionais sobre mulheres, paz e segurança – um aumento significativo em relação aos 19 de 2010. Esses instrumentos têm sido fundamentais para facilitar a participação das mulheres na construção da paz e na recuperação pós-conflito, permitindo seu acesso a posições de tomada de decisão e abrindo caminho para novas leis que combatam a violência sexual em conflitos.
Apesar dos avanços significativos nos direitos das mulheres desde a adoção da Plataforma de Ação de Pequim em 1995, o mundo está enfrentando crises novas e relacionadas, bem como a erosão dos direitos. Neste Dia Internacional da Mulher, junte-se à ONU Mulheres para seguir em frente pelos direitos das mulheres. Não podemos dar um passo atrás.
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