domingo, 23 de fevereiro de 2020

MORRE O RADIALISTA ANTÔNIO ALVES PEREIRA

Nota de Pesar
A Remut de Tarauacá emite nota pelo falecimento do amigo Antônio Alves Pereira. A Remut manifesta profundo pesar e solidariedade à família do Antônio Alves Pereira , 78 anos, casado pai de três filhos, era radialista aposentado. Neste momento de dor, a Remut transmite sinceras condolências à família e amigos enlutados.


sábado, 22 de fevereiro de 2020

Governo Federal lança campanha contra importunação sexual durante o carnaval

#NÃOTEMDESCULPA
Campanha conta com peças publicitárias que apontam as principais desculpas utilizadas pelas pessoas para cometer os assédios.
Ligue 180
Ligue 180 para denunciar os casos de importunação sexual ou procure o policial mais próximo. - Foto ilustrativa: Carnaval de Olinda/olinda.pe.gov.br

Desde 2018 está em vigor a Lei 13.718, que criminaliza os atos de importunação sexual e divulgação de cenas de estupro, nudez, sexo e pornografia. A pena para as duas condutas é prisão de 1 a 5 anos. A importunação sexual foi definida em termos legais como a prática de ato libidinoso contra alguém sem a sua anuência “com o objetivo de satisfazer a própria lascívia ou a de terceiro".
Para prevenir e conscientizar a população sobre a importunação sexual, o Governo Federal divulga, a partir desta terça-feira (18), campanha com o tema "Assédio é Crime. #Nãotemdesculpa". O objetivo é combater esse tipo de crime que, durante o carnaval, se esconde por trás de subterfúgios como: "achei que ela queria", "mas foi só um beijinho", "é carnaval", e "foi o álcool".
A campanha conta com peças publicitárias que apontam as principais desculpas utilizadas pelas pessoas para cometer esses crimes e destacando que não há desculpa para essas condutas. 

segunda-feira, 17 de fevereiro de 2020

Moleira do bebê: aprenda a cuidar dessa sensível região nos recém-nascidos


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Os bebês são seres frágeis e delicados. A cabeça deles, por exemplo, continua em formação até os 18 meses de vida, mais ou menos. No alto da cabeça do bebê, há uma região mais flexível, chamada de moleira ou fontanela.
Para tirar todas as suas dúvidas, conversamos com uma pediatra, que explica tudo sobre essa parte tão sensível do bebê, confira:

O que é a moleira do bebê

De acordo com a pediatra Patrícia Cruz de Carvalho (CRM: 520105306-0), a moleira é o nome popular da fontanela anterior. Ao passar a mão no alto da cabeça do bebê, pode-se sentir uma região em um formato de losango, mais macia e flexível, que é a “moleira”. Existe também a fontanela posterior, mas, geralmente, não é percebida pelos cuidadores por ser muito pequena.
Por isso, se você é mamãe e estranhou essa região na cabeça do seu bebê, fique tranquila! É um fenômeno normal, que apenas exige alguns cuidados.

4 dúvidas frequentes sobre a moleira

 











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A dra. Patrícia também tirou as dúvidas mais comuns às mamães a limpo para a gente. Dê uma olhada!
Quando ela fecha? O fechamento da fontanela anterior é muito variável. Normalmente, ocorre entre o oitavo e o décimo mês de vida do bebê.
Quando está normal? Consideramos a fontanela normal quando passamos os dedos sobre a região e ela está flexível. A “moleira” é resistente o suficiente ao toque gentil do adulto. Não precisam ter medo de tocá-la. Inclusive, é importante que se saiba diferenciar o normal do alterado, para que possamos intervir sempre precocemente.
Moleira alta ou moleira afundada, quando se preocupar? Quando a moleira está alta e tensa, não flexível, pode ser sinal de aumento da pressão dentro do crânio. Quando a moleira está afundada e a criança estiver quieta, sem interesse em mamar e com diminuição do xixi, podemos pensar em desidratação. Em ambas situações, a avaliação do pediatra é muito importante.

Moleira pulsando é normal? É normal sentir a pulsação por meio da moleira. O ritmo das batidas do coração é refletido nela.
Caso tenha mais questões para averiguar, não hesite em consultar o pediatra do seu bebê sempre que precisar. Ele é o seu maior parceiro nos momentos de dúvidas.

Cuidados com a moleira

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Que a moleira é uma região sensível, nós já sabemos. Agora, que cuidados devem ser tomados em relação a ela? Explicamos aqui:
  • Consultas frequentes ao pediatra: vá ao pediatra todos meses, religiosamente. O desenvolvimento do bebê deve ser acompanhado, e nenhuma alteração deve passar batida.
  • Medir o perímetro encefálico do bebê: é necessário que faça essa medição em todas as consultas ao pediatra ao longo do primeiro ano de vida, de modo a acompanhar o desenvolvimento infantil.
  • Apalpar a moleira: outro procedimento que deve ser feito em todas as consultas ao pediatra. Faz parte do exame de rotina do bebê.
  • Escrito por: 
  • Em 21.09.19

Década da Ação é impulso à Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável

Dez anos. Este é o prazo que todos os países-membros das Nações Unidas têm para cumprir as 169 metas dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Em setembro de 2019, líderes globais lançaram em Nova Iorque a “Década da Ação”, um movimento que teve início em janeiro para acelerar o alcance dos ODS no mundo todo.
Década da Ação é impulso à Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável/planeta 50 50 ods noticias
Adotados pela comunidade internacional em 2015, os ODS são um pacto global para criar um futuro em que ninguém seja deixado para trás. Foto: PNUD Bolívia


Dez anos. Este é o prazo que todos os países-membros das Nações Unidas têm para cumprir as 169 metas dos 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS). Em setembro de 2019, líderes globais lançaram em Nova Iorque a “Década da Ação”, um movimento que teve início este mês para acelerar o alcance dos ODS no mundo todo.
Adotados pela comunidade internacional em 2015, os ODS são um pacto global para criar um futuro em que ninguém seja deixado para trás. Englobam todos os aspectos do bem-estar humano e do planeta, e são um chamado para erradicar a pobreza, proteger a Terra e garantir que todas e todos possam viver em paz e prosperidade.
A Agenda 2030 é complementada pelo Acordo de Paris para o clima, no qual os 196 países-membros das Nações Unidas e a União Europeia se comprometeram a limitar o aumento da temperatura global em 2 graus Celsius em comparação com os níveis pré-industriais.
Todos os países signatários do Acordo de Paris também se comprometeram a adotar as Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs, na sigla em inglês), que os ajudará a cumprir essa meta.
A mobilização de recursos financeiros, o aumento das capacidades nacionais e o fortalecimento das instituições, em diferentes níveis, também são ações fundamentais para o alcance do desenvolvimento sustentável nos próximos anos, com foco em não deixar ninguém para trás.
Entretanto, são necessárias ações mais contundentes na medida em que entramos na nova década, lembrou o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Poucos países fizeram as mudanças necessárias para manter as promessas feitas na época da adoção da Agenda 2030.
“Precisamos pensar em novas formas para acelerar as ações para os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável para garantir que aqueles que estão mais para trás alcancem as metas”, afirmou o presidente da Assembleia Geral da ONU, Tijjani Muhammad-Bande.
A Cúpula de Desenvolvimento Sustentável de 2019 – a primeira desde que a Agenda 2030 foi adotada – trouxe planos concretos de ação rumo ao cumprimento das metas dos ODS.
O secretário-geral da ONU, António Guterres, registrou na cúpula o progresso feito por governos que começaram a integrar os ODS às suas políticas nacionais. No entanto, disse que conflitos, crise global do clima, violência de gênero e crescentes desigualdades estavam segurando os avanços. De acordo com Guterres, “precisamos redobrar nossos esforços agora”.
Líderes globais, então, anunciaram a “Década de Ação”, que se inicia agora em 2020. O foco é acelerar o progresso global rumo ao desenvolvimento sustentável até 2030.
Mudança do clima – A mudança global do clima é uma das principais barreiras para o cumprimento de quase todos os objetivos globais. O relatório “The Heat is On”, lançado em 2019 pela Convenção-Quadro da ONU sobre a Mudança do Clima e o PNUD, destaca que há diversos sinais, em todas as partes do planeta, de que diferentes nações enfrentam os efeitos adversos da mudança do clima.

O documento também aponta que nações desenvolvidas focadas na redução das emissões de gases de efeito estufa no longo prazo precisam adaptar suas estratégias para respostas rápidas, por meio de planos de curto prazo. Três pontos são destacados pelo relatório para reverter o atual quadro: dados de qualidade, conectar com as metas dos ODS as ações de combate à mudança do clima e monitorar o progresso das iniciativas.

10 chás para cólica que ajudam a aliviar a dor

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Em dias de desconforto, quando aquela cólica chata não vai embora, nada melhor do que um chá quentinho para aliviar a dor. E para quem prefere uma opção natural de medicação, vamos apresentar aqui 10 sugestões de chás para cólica, que a nutricionista Kelen Largo (CRN 4424) vai nos mostrar como suas propriedades podem ajudar a combater os sintomas.
1. Chá para cólica de hortelã
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Modo de preparo: separe de duas a três colheres de folhas de hortelã, podendo ser frescas, secas ou trituradas. Coloque esta quantidade de hortelã em uma xícara, e coloque água bem quente. Em seguida, tampe a xícara e deixe a mistura repousar por aproximadamente 10 minutos.
A hortelã é excelente para relaxar, diminuindo a tensão corporal, devido suas propriedades analgésicas. Ele é muito utilizado para cólicas intestinais e outros desconfortos estomacais, por atuar também no sistema digestivo.

2. Chá para cólica de gengibre

Modo de preparo: pegue um pedaço de gengibre e corte em fatias finas. Você pode utilizar um ralador para facilitar. Depois, coloque em uma chaleira as fatias de gengibre e água, levando ao fogo médio até começar a ferver. Em seguida, deixe esfriar um pouquinho até ficar com uma temperatura agradável para beber. Uma dica é adoçar com um pouco de mel, fica delicioso.
De acordo com a nutricionista Kelen, o chá de gengibre tem efeito analgésico e antiinflamatório, o que ajuda a diminuir a dor causada pela cólica. Além disso, ele ajuda a diminuir a náusea, que em muitos casos de cólica forte, podem acontecer.

3. Chá para cólica de orégano

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Modo de preparo: para fazer esse chá, você pode optar pelas folhas secas ou frescas, ambas tem um preparo igual. Após ferver a água, desligue o fogo e acrescente as folhas de orégano e deixe descansar por alguns minutos com o recipiente tampado.
”O chá de orégano possui ação diurética, ajudando a eliminar as toxinas do organismo”, diz a nutricionista. É uma ótima opção para dor de cabeça e enxaqueca causadas também pela cólica.

4. Chá para cólica de canela

Modo de preparo: coloque dois pedaços de canela em pau para ferver com duas xícaras de água, em seguida, espere esfriar um pouco para ficar na temperatura ideal de consumo. Se for necessário, coe com a peneira antes de consumir.
Pelo seu efeito antiespasmódico, a canela atua na diminuição das contrações uterinas, o que causa a cólica menstrual. A canela é também antinflamatória, por isso é ótima para diminuir o inchaço deste período. Vale lembrar que a canela é contraindicada para grávidas e lactantes, já que possui efeito abortivo.

5. Chá para cólica de calêndula

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Modo de preparo: esse chá pode ser feito por meio de infusão, basta adicionar de 2 a 3 colheres de sopa das flores da calêndula na água já fervida, depois deixe a mistura em repouso e tampada por alguns minutos. Para ingerir, basta coar e então estará prontinho.
Essa flor também diminui as contrações que causam cólica menstrual. Possui propriedades analgésicas e calmantes, além de ajudar a regular o ciclo menstrual, sendo uma ótima opção de chá para cólica para quem gosta de ter vários benefícios em um único ingrediente.

6. Chá para cólica de camomila

Modo de preparo: separe duas colheres de sopa de flor de camomila para cada xícara de chá, em um recipiente e adicione água fervida para fazer a infusão.
De acordo com a nutricionista, o chá de camomila tem efeito calmante e estimula a produção de glicina, um aminoácido que reduz os espasmos musculares, aliviando as dores da cólica.

7. Chá para cólica de agnocasto

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Modo de preparo: esse chá é feito das flores dessa excelente planta. Para fazê-lo, coloque uma colher de sopa de flores de agnocasto em aproximadamente 300 ml de água fervente, tampe e deixe na infusão por alguns minutos. Depois é só coar e estará pronto para beber.
O agnocasto é uma excelente planta fitoterápica que atua na regulação hormonal, o que ajuda não somente na cólica, mas também nos sintomas da TPM e na prevenção do inchaço e espinhas, devido seus efeitos calmantes, diuréticos, antiestrogênico e antiinflamatório.

8. Chá para cólica de erva-doce

Modo de preparo: o chá de erva-doce pode ser feito tanto com as folhas quanto com as sementes. Para o chá com as folhas, você pode deixá-las ferver junto com a água por alguns segundos. O chá com semente de erva-doce pode ser feito com a água já fervida, deixando descansar a mistura para infusão.
A erva-doce é antiespasmódica, o que ajuda a aliviar as dores causadas pela cólica, além disso ela também é calmante, sendo muito utilizada para tratar cólicas em bebês. É uma ótima opção de chá para cólica para quem gosta de um sabor mais leve e busca relaxamento abdominal.

9. Chá para cólica de hibisco

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Modo de preparo: você pode utilizar as folhas secas de hibisco para fazer, colocando de 2 a 3 colheres de hibisco para 1 litro de água já fervida. Tampe o recipiente e aguarde alguns minutos até a água ficar com a coloração avermelhada.
As propriedades do hibisco trazem muitos benefícios ao organismo, seu efeito diurético auxilia na cólica menstrual, aliviando o inchaço e a irritabilidade, segundo a nutricionista. Grávidas e lactantes devem dispensar o consumo do chá de hibisco.

10. Chá para cólica de alecrim

Modo de preparo: o alecrim pode ser tanto fresco quanto o seco. Para fazer o chá, coloque os ramos de alecrim em um recipiente e adicione água fervida. Espere uns minutos e coe antes de beber.
O chá de alecrim é um ótimo aliado para as cólicas, por seu efeito anti-inflamatório e analgésico, ele ajuda no alívio das dores, além de ser um ótimo calmante. O alecrim também pode ser uma opção para quem sente dores de cabeça providas da cólica.
Os chás para cólica são excelentes alternativas para quem busca uma medicação natural com uma variedade de benefícios para o organismo, ajudando a acalmar a dor ou até mesmo aliviar o estresse. Que tal conhecer alguns chás para dormir melhor?
As informações contidas nesta página têm caráter meramente informativo. Elas não substituem o aconselhamento e acompanhamentos de médicos, nutricionistas, psicólogos, profissionais de educação física e outros especialistas.
Escrito por
Em 11.01.20

LIBERDADE SEXUAL TAMBÉM É DIZER NÃO, POR DJAMILA RIBEIRO

Penso ser problemático cair no extremo de ‘ 'transem muito, jovens'


Em tempos de Damares e “política” de abstinência sexual, vivemos momentos duros. Em vez de se pensar políticas para educação sexual nas escolas, inclusão do estudo de gênero nos planos de ensino, a ministra prega abstinência como saída. Em vez de a ministra pensar políticas para o enfrentamento da violência sexual contra meninas, corrobora com o desmonte orçamentário da Secretaria das Mulheres e, ao mesmo tempo, se ampara em debates rasos, como campanha contra “ideologia de gênero”.
Segundo matéria da Folha de 4 de janeiro, “em nota, a Sociedade Brasileira de Pediatria diz que desconhece programa com foco em abstinência sexual, mas diz que ‘um dos itens essenciais na abordagem da adolescência, preconizado pelo SUS e respaldado pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, é o direito do indivíduo de conhecer seu próprio corpo e receber informações e cuidados adequados à saúde reprodutiva”. Logo, o governo deveria seguir essa diretriz em vez de impor uma visão moral a uma questão de política pública.
Por outro lado, penso ser problemático cair no extremo de “transem muito, jovens”. Ter uma boa consciência sobre sexo deveria ser entender o que se quer. Com sexo, vem responsabilidade, tanto de sexo seguro, quanto de entender a parceira e o parceiro como sujeitos. Numa sociedade onde meninos são expostos à pornografia tão cedo, criam-se condicionamentos do prazer. Mulheres são tratadas como instrumentos e não vistas como alguém para se trocar. Somos ensinadas que, para agradar, devemos nos apegar a uma performance subordinada ao prazer masculino. Muitas de nós só vão descobrir do que gostam após muito tempo de autoconhecimento, outras podem até transar muito, mas sem conhecer o gozo. Quantas de nós já tivemos experiências horríveis ao sermos tratadas sem respeito algum ao nosso prazer?
Apesar de muitas mudanças, ainda existem tabus sobre o corpo da mulher, ao passo que os meninos, para serem “sujeitos homens”, são ensinados a se masturbar, consumir mulheres, lógica de consumo que passa por expor corpos nus de mulheres na publicidade, na dramaturgia, nas revistas masculinas, em sites e redes sociais.
Quantas vezes percebemos o quão desnecessário era mostrar o corpo de uma atriz em uma cena, por exemplo? Com isso, não estou em absoluto me colocando contra o nu; estou a refutar uma ideia de um nu condicionado ao consumo masculino.
Ser feminista heterossexual já me trouxe situações inusitadas, como, ao dizer não para um jovem, ele me questionar: “Mas você não é feminista e libertária?”. Ou seja, se eu digo não, estou sendo moralista, em vez de se entender que é um direito.
Não há liberdade que seja condicionada ao prazer absoluto do homem. Ou, quando eu digo que nunca gostei de sexo casual e prefiro ter relações com mais significado, sempre vinha a pergunta: “Por que você não se liberta?”. Ser liberta é ter que transar com várias pessoas? Não julgo quem tem muitos parceiros ou curte essa casualidade. Cada um, cada um. Porém, é um tanto problemático impor um modelo de liberdade ligado ao número de parceiros que se tem.
Mulheres negras são ultrassexualizadas nessa sociedade de herança colonial. É como se tivéssemos que estar disponíveis para sexo. São vários os assédios que sofremos por parte de homens brasileiros desde muito cedo, de gringos sem noção que vem ao Brasil e se sentem autorizados a tocar o nosso corpo ou a despejar impropérios.
Isso sem falar no preterimento, de mulheres negras serem vistas somente para casualidades e não para se ter uma relação mais profunda. O “transar muito” para nós, muitas vezes, é de madrugada, sem carinho, às escondidas, em chats privados. Quando se é uma mulher padrão, se esquece que existem aquelas em celibato forçado pelo preterimento ou por serem vistas como as chatas raivosas, ou ainda, pela escolha de não querer ser a sobra da festa, por não aceitar negociar sua humanidade.
Num país em que os corpos nus das mulheres podem ser mostrados para consumo, mas falar de sexo e masturbação feminina ainda é tabu, seria interessante, em vez do “transem muito, jovens”, buscarmos conhecer melhor nossos corpos e desejos. Ensinar aos jovens que mulheres não estão ali para serem objetos de prazer. Cuidar para que adolescentes não sejam expostos à pornografia sem o mínimo critério e limite, sobretudo, em tempos de redes sociais e de fácil acesso a essa produção.
Poderíamos dizer também: transem muito, se assim quiserem, se isso fizer sentido, mas sejam responsáveis. E essa discussão está longe de ser moralista ou, como muitos gostam de acusar, de “mulheres ressentidas”.
Poder discutir com verdade e sem medo nossa sexualidade é um objetivo a ser alcançado. Numa sociedade em que somos ensinadas a não dizer não, dizê-lo é uma conquista.

Djamila Ribeiro
Mestre em filosofia política pela Unifesp e coordenadora da coleção de livros Feminismos Plurais.

ONU Mulheres é finalista do 14º Troféu Mulher Imprensa

Entidade concorre na categoria “Melhor projeto, canal ou programa sobre a temática feminina”. Responsável pela comunicação do organismo internacional compete na categoria “Assessora de Comunicação – Corporativa”. Votação popular, até 2 de março de 2020, definirá vencedoras

A ONU Mulheres Brasil é finalista do 14º Troféu Mulher Imprensa, promovido pela Revista e Portal Imprensa, que pretende reconhecer o trabalho jornalístico das mulheres dentro e fora das redações no país. A competição será definida por voto popular por meio de 18 categorias relacionadas a profissionais, veículos e projetos de comunicação que se destacaram no ano de 2019. A premiação também busca incentivar a pauta dos direitos das mulheres nos meios de comunicação.
site da ONU Mulheres Brasil é um dos dez finalistas na categoria Melhor projeto, canal ou programa sobre a temática femininaAplicativo PenhaSThink OlgaBlogueiras NegrasNós, Mulheres da PeriferiaNão me KahloUniversa UOLHuffpost Brasil – MulheresBlogueiras Feministas e Agência Patrícia Galvão. O website da ONU Mulheres Brasil é um canal de comunicação institucional, voltado à divulgação das ações da entidade no Brasil, América Latina e Caribe e no mundo por meio de matérias e press releasesentrevistas com especialistas em direitos das mulheresnotas públicas, disponibilização de publicações e documentos das Nações Unidas relacionados aos direitos das mulheres, além do acesso a outras plataformas digitais: InstagramTwitterFacebookYoutubeFlickr e Issu.
Esta é a primeira vez que a ONU Mulheres Brasil concorre a um prêmio de comunicação. Um reconhecimento que marca o trabalho de comunicação e advocacy da entidade que, em 2020, completa 10 anos de atuação no mundo.
Na categoria Assessora de Comunicação – Corporativa, a jornalista Isabel Clavelin é finalista pelo trabalho realizado na ONU Mulheres Brasil, onde atua há nove anos como assessora de comunicação. É responsável pelo atendimento à imprensa, gestão de conteúdos no site e nas redes sociais da ONU Mulheres Brasil, campanhas de comunicação, parcerias de mídia e ações de relações públicas. Concorre com quatro candidatas: assessoras de Comunicação da Fundação Bunge, Pfizer, Microsoft e B3.
Sobre a votação – A votação popular da 14ª edição do Troféu Mulher Imprensa teve início em 3 de fevereiro de 2020 e se encerrará às 23h59 de 2 de março de 2020, com possibilidade de prorrogação. Será permitido apenas um voto por e-mail durante todo o processo, ou seja, o e a internauta poderão votar apenas uma vez em cada categoria com seu e-mail.
A validação do voto acontece após a confirmação em link enviado ao e-mail votante. Serão considerados válidos apenas os votos confirmados por esse link.
Finalistas – ONU Mulheres Brasil