quarta-feira, 25 de julho de 2018

Campanha #UseLaranja aborda vulnerabilidade de mulheres negras à violência de gênero

Divulgados todo dia 25, Dia Laranja, momento de mobilizações da campanha do Secretário-Geral da ONU “UNA-SE pelo Fim da Violência contra as Mulheres”, episódios abordam diferentes tipos de violência e buscam o engajamento de diferentes setores da sociedade. Conteúdos podem ser conferidos, todo dia 25, nas redes sociais da defensora Juliana Paes, da ONU Mulheres e da ONU Brasil
Playlist #UseLaranja pelo fim da violência contra as mulheres do Youtube da ONU Mulheres Brasil
Campanha #UseLaranja aborda vulnerabilidade de mulheres negras à violência de gênero/violencia contra as mulheres onu mulheres ods noticias mulheres negras juliana paes igualdade de genero direitosdasmulheres dia laranja decada afro
A violência de gênero que vulnerabiliza milhões de mulheres negras é o tema o terceiro episódio da campanha #UseLaranja pelo fim da violência contra as mulheres, que está sendo divulgado neste 25 de julho, Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana, Caribenha e da Diáspora. O conteúdo está sendo divulgado nas redes sociais da ONU Brasil, ONU Mulheres Brasil e da defensora para a Prevenção e a Eliminação da Violência contra as Mulheres da ONU Mulheres Brasil, Juliana Paes, e trata das diferentes manifestações de violência a que as mulheres negras brasileiras estão vulneráveis pelo racismo e sexismo, incluindo a discriminação religiosa.
“As mulheres negras são mais vulneráveis à violência de gênero. Elas são agredidas por serem mulheres e por serem negras. O machismo e o racismo agem sobre o modo de vida das mulheres negras. Elas são discriminadas pela cor da pele, pelos seus traços físicos, pela sua religiosidade”, registra a defensora Juliana Paes no episódio.
Para a representante da ONU Mulheres Brasil, Nadine Gasman, visibilizar a violência que as mulheres negras vivem no marco da campanha do Secretário-Geral da ONU “UNA-SE pelo fim da violência contra as mulheres” é importante para sensibilizar a sociedade brasileira de que “o racismo intensifica as violências de gênero, o que se manifesta pelos altos números de mulheres negras que são parte das vítimas da violência contra as mulheres. Isso requer ações de prevenção e enfrentamento em que as mulheres negras sejam consideradas pela sua especificidade e representação populacional, o que traz desafios concretos em termos de resposta dos serviços essenciais de atenção e políticas públicas”.
No vídeo da campanha #UseLaranja, a defensora Juliana Paes recupera o impacto do racismo na vida das mulheres negras brasileiras: “Recebem menores salários e vivem em locais com menos segurança. São tratadas como se tivessem menos direitos, inclusive quando vão buscar apoio para romper o ciclo de violência em relacionamentos afetivos”. Além de constatar a realidade das afro-brasileiras, a defensora conclama para o fim das desigualdades: “O machismo e o racismo têm que acabar. Mudar essa realidade significa tratar as mulheres negras como cidadãs e sujeitas da sua história, sem discriminação de qualquer ordem” e convida todas e todos a fazerem parte da campanha do Secretário-geral da ONU “UNA-SE pelo fim da violência contra as mulheres” com ações práticas e engajamento no dia 25 de cada mês.
#UseLaranja – Os episódios são divulgados todo dia 25, Dia Laranja, momento de mobilizações da campanha do Secretário-Geral da ONU “UNA-SE pelo Fim da Violência contra as Mulheres”. Os conteúdos poderão ser conferidos nas redes sociais da defensora Juliana Paes, da ONU Mulheres e da ONU Brasil.
Os vídeos abordam: engajamento público todo dia 25 #DiaLaranja; incentivo à manifestação de apoio público às mulheres em situação de violência; apresentação do Destaque-Laranja ação da ONU Brasil para visibilizar ativistas, organizações da sociedade civil, escolas, universidades, cidades e empresas com ações concentras pelo fim da violência de gênero; como identificar e enfrentar a violência de gênero nas empresas; estímulo às escolas e comunidade escolar na promoção de ações preventivas à violência contra as mulheres; encorajamento para que as pessoas não fiquem indiferentes à violência de gênero; mensagem às mulheres em situação de violência para busca de apoio e acolhimento em serviços especializados; descrição da violência doméstica e família; caracterização da violência patrimonial; defesa da liberdade das mulheres na escolha de roupas e acessórios; reforço à igualdade; vulnerabilidade das mulheres negras à violência de gênero; alerta contra estupro; caracterização da violência psicológica; e mensagem de mobilização para os 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, que acontecem, no Brasil, entre 20 de novembro de 10 de dezembro.
Dia Laranja – Celebrado a cada dia 25 do mês, o Dia Laranja Pelo Fim da Violência contra as Mulheres e Meninas alerta para a importância da prevenção e da resposta à violência de gênero. Sendo uma cor vibrante e otimista, o laranja representa um futuro livre de violência, convocando à mobilização todos os meses do ano no dia 25, culminando no 25 de Novembro, Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres.
O Dia Laranja foi proposto pela juventude latino-americana para manter a mobilização contra a violência de gênero para além do Dia Internacional pela Eliminação d a Violência contra as Mulheres, 25 de novembro, data do assassinato das Mariposas, três irmãs dominicadas que se opunham à ditadura no seu país. O Dia Laranja integra a campanha do Secretário-Geral da ONU “UNA-SE pelo Fim da Violência contra as Mulheres”, lançada em 2008 pelas Nações Unidas com o objetivo de dar visibilidade e aumentar a vontade política e os recursos designados a prevenir e responder à violência de gênero.
UNA-SE Pelo Fim da Violência contra as Mulheres – Em 2008, o então Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, lançou a campanha global UNA-SE pelo Fim da Violência contra as Mulheres, com o objetivo de dar visibilidade e aumentar a vontade política e os recursos para prevenir e eliminar a violência contra mulheres e meninas em todo o mundo. A campanha convoca os governos, sociedade civil, organizações de mulheres, homens, jovens, o setor privado, a mídia e todo o sistema ONU para unir forças para enfrentar essa pandemia global. Esse compromisso foi reafirmado pelo Secretário-Geral da ONU, António Guterres, como “UNA-SE até 2030”.
Os pilares da campanha na América Latina e no Caribe incluem o acesso à justiça para o fim da impunidade, a prevenção com escolas, comunidades e meios de comunicação para que mais nenhuma mulher seja vítima das violências de gênero, e a mobilização de toda a sociedade, especialmente de jovens e homens, reconhecendo que a responsabilidade é de todos e todas.
No Brasil, a campanha UNA-SE se desenvolve ao longo do ano através do grupo temático interagencial sobre gênero, raça e etnia da ONU, liderado pela ONU Mulheres. Tem como objetivo a longo prazo provocar uma mudança de mentalidades e atitudes, atingindo cidadãos e cidadãs com uma contundente mensagem de rechaço à violência contra mulheres e meninas.

Mensagem do Cordenador Residente da ONU no Brasil por ocasião do Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana, Caribenha e da Diáspora


Mensagem do Cordenador Residente da ONU no Brasil por ocasião do Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana, Caribenha e da Diáspora/onu mulheres ods noticias mulheres negras direitosdasmulheres decada afro
Coordenador residente da ONU Brasil (terceiro da direito para a esquerda) ressaltou imporrtância das mulheres negras em roda de conversa sobreo Dia da Mulher Negra Latino-americana, Caribenha e da Diáspora | Foto: ONU Mulheres/Isabel Clavelin


No Dia da Mulher Afrolatinoamericana, Caribenha e da Diáspora, e como uma homenagem à trajetória de luta das mulheres negras brasileiras, começo minha fala lembrando as palavras inspiradoras de Sueli Carneiro: “O efervescente protagonismo das mulheres negras vem desenhando novos cenários e perspectivas e recobrindo perdas históricas. A introdução dessas questões na esfera pública contribui para o alargamento dos sentidos de democracia, igualdade e justiça social, noções sobre as quais gênero e raça impõem-se como parâmetros inegociáveis para a construção de um novo mundo” (Sueli Carneiro, “Mulheres em movimento”, 2003).
Desejo homenagear a memória de outra lutadora brasileira, Carolina Maria de Jesus. Ela diz: “temos um só jeito de nascer e muitos de morrer”. Carolina Maria de Jesus, com a lucidez que lhe é peculiar, sintetizou a forma como, apesar de nossa humanidade compartilhada, as desigualdades socialmente estruturadas moldam nossas experiências, oportunidades e destinos.
Gênero e raça, e com isso nomeio o sexismo e o racismo, são elementos estruturantes da nossa sociedade. E hoje, graças à luta incansável de Sueli, Carolina Maria e muitas outras mulheres, conhecidas e anônimas, sabemos um pouco mais sobre o quão difundidos são os seus efeitos.
Sabemos, por exemplo, por dados do IPEA, que no Brasil as mulheres negras ainda não alcançaram 40% da renda dos homens brancos e ganham cerca de 60% em relação a mulheres brancas. 39,1% das mulheres negras ocupadas estão inseridas em relações precárias de trabalho.
Sabemos, também, de acordo com o Mapa da Violência, que enquanto os assassinatos de mulheres brancas reduziram 10% entre 2003 e 2013, os de mulheres negras aumentaram 54%. No Brasil, a cada 3 mulheres em privação de liberdade, 2 são negras. Além disso, o número de mulheres negras que não receberam anestesia durante o parto normal é duas vezes maior que o de mulheres brancas. Mulheres negras são sub-representadas na política, nos cargos de chefia, no governo, nos meios de comunicação.
As mulheres negras são sub-representadas também no sistema das Nações Unidas, embora estejamos trabalhando para mudar esse cenário. Temos orgulho de ter o único Grupo Temático de Gênero, Raça e Etnia da região e de contar com o apoio do comitê “Mulheres Negras rumo a um Planeta 50-50” e com a parceria dos movimentos de mulheres negras do país e da região. Precisamos melhorar, e sabemos que podemos fazer mais.
Não obstante o déficit significativo que ainda temos em relação a dados desagregados por gênero e raça, e não obstante, também, o que indicam os poucos dados de que dispomos, as mulheres negras têm estado, desde sempre, na linha de frente pela defesa dos direitos humanos. Destaco o trabalho exemplar de Marielle Franco.
Elas são uma população relevantíssima para atingirmos os 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e as 169 metas da Agenda 2030. O que resume melhor o espírito da Agenda 2030 do que a ideia de “Bem Viver”, que é tão caro para o movimento de mulheres negras? Ou, ainda, a filosofia ubuntu, que traz como premissa “eu sou porque nós somos” ?
As mulheres negras são um desses grupos sobre o qual pode ser dito, para lembrar Kimberlé Crenshaw: “when they enter, we all enter”, quando as mulheres negras avançam, toda a sociedade avança. Ou ainda, como disse Angela Davis, “quando as mulheres negras se movimentam, toda a estrutura da sociedade se movimenta com elas”.
Assim, para muito além dos dados, as mulheres afrolatinoamericanas, caribenhas e da diáspora são a chave para pensarmos novos sentidos para democracia, igualdade e justiça social. Levar a sério as dinâmicas em torno de gênero e raça na região é o mesmo que estender a toda a sociedade um convite para pensarmos um mundo novo – e propormos uma nova linguagem, novos conceitos, uma nova epistemologia, como Lélia Gonzalez fez ao propor o termo “Amefricanidade”.
Hoje é dia de celebrar a Amefricanidade das mulheres afrolatinoamericanas, caribenhas e da diáspora. Para encerrar, saúdo a todas as pessoas com a expressão criada por Lélia Gonzalez, misturando o iorubá e kimbundo: Axé Muntu!

Sul e Sudeste serão as primeiras regiões com mais idosos que crianças, diz projeção do IBGE

Foto: Nacho Doce/Reuters


O envelhecimento da população brasileira se fará sentir inicialmente no Sul e no Sudeste do País, de acordo com a Projeção da População (revisão 2018), divulgada nesta quarta-feira, 25, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Até 2060, segundo a pesquisa, um quarto da população do Brasil (25,5%) deverá ter mais de 65 anos.
O Rio Grande do Sul é apontado como aquele que primeiro experimentará uma proporção maior de idosos do que de crianças de até 14 anos, já em 2029. Quatro anos depois, em 2033, o Rio de Janeiro e Minas Gerais também deverão ter mais idosos do que crianças. Em contrapartida, Estados considerados mais jovens, como Amazonas e Roraima, continuarão com mais crianças do que idosos até o limite da projeção, em 2060.
A idade média da população brasileira hoje é de 32,6 anos. Nove estados apresentam idade média abaixo de 30 anos (todos os Estados da região Norte, além de Alagoas e Maranhão). O Estado mais jovem do País é o Acre, com idade média de 24,9 anos. Por outro lado, os Estados da região Sul e Sudeste apresentam idade média da população acima da projetada para o Brasil, sendo o Rio Grande do Sul o mais velho, com uma media de 35,9 anos.
Atualmente, a maior expectativa de vida ao nascer é registrada em Santa Catarina (79,7 anos). Em 2060, o Estado do sul mantém o posto, chegando aos 84,5 anos. No outro extremo, o Maranhão (71,7 anos) tem hoje a menor esperança de vida, posição que deverá ser ocupada pelo Piauí, em 2060 (77 anos).

Fecundidade

Os números refletem as taxas de fecundidade. Atualmente, é de 1,77 filho por mulher. Em 2060, o número médio deverá chegar a 1,66. As maiores taxas estão em Roraima (1,95), Pará, Amapá, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul (todos com 1,8). As menores deverão estar no Distrito Federal (1,50) e também em Goiás, Rio de Janeiro e Minas (todos com 1,55). A idade média em que as mulheres têm filhos hoje no país é de 27,2 anos, número que poderá chegar a 28,8 em 2060.
Segundo a pesquisa, a população do País continuará crescendo até 2047, quando deverá chegar a 233,2 milhões de pessoas. Nos anos seguintes, ela cairá gradualmente até chegar a 228,3 milhões em 2060.
Por: Roberta Jansen

terça-feira, 24 de julho de 2018

FAO e ONU Mulheres promovem concurso de receitas e negócios sustentáveis para mulheres rurais

Estão abertas até 1º de agosto as inscrições para o concurso Saberes e Sabores: as Mulheres Rurais no resgate da alimentação tradicional saudável e na proteção à biodiversidade. É possível concorrer em duas categorias: receitas e saberes gastronômicos ou empreendimentos agrícolas.


FAO e ONU Mulheres promovem concurso de receitas e negócios sustentáveis para mulheres rurais/onu mulheres ods noticias mulheres rurais igualdade de genero direitosdasmulheres

Campanha #Mulheres Rurais, Mulheres com Direitos reconhece contribuições das agricultoras para a produção sustentável de alimentos
Foto: FAO

Estão abertas até 1º de agosto as inscrições para o concurso Saberes e Sabores: as Mulheres Rurais no resgate da alimentação tradicional saudável e na proteção à biodiversidade. É possível concorrer em duas categorias: receitas e saberes gastronômicos ou empreendimentos agrícolas. A iniciativa é da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO) e da ONU Mulheres.
A premiação busca valorizar o papel das mulheres rurais na produção sustentável de alimentos saudáveis e nutritivos. Outro objetivo é reconhecer seus conhecimentos ancestrais e atividades de empreendedorismo que protegem a diversidade biológica. O prêmio é parte da campanha #MulheresRurais, Mulheres com Direitos, implementada pelas duas agências da ONU e parceiros do governo brasileiro.
A inscrição na competição deve ser feita pelo blog Saberes e Sabores: http://www.saberesysabores.org/. Não existe limite de materiais enviados por pessoa ou organização.
A convocatória terá dois resultados principais — a documentação multimídia de saberes gastronômicos e um catálogo de produtos e serviços desenvolvidos por mulheres rurais. O portal Saberes e Sabores divulgará as receitas e

#MulheresRurais, Mulheres com Direitos – #MulheresRurais, Mulheres com Direitos é uma campanha regional que a Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário do Brasil (SEAD) organiza junto com a Reunião Especializada da Agricultura Familiar do Mercosul (REAF), a FAO, a ONU Mulheres, o Conselho Agropecuário Centro-Americano do Sistema de Integração Centro-Americano (CAC-SICA), bem como com a Diretoria Geral de Desenvolvimento Rural do Ministério de Pecuária, Agricultura e Pesca do Uruguai (DGDR/MGAP).

Fundadora do grupo Femen se suicida em Paris

Oksana Shachko: A ucraniana fundadora do movimento feminista Femen, Oxana Shachko durante manifestação em Kiev em 2011
AFPA ucraniana fundadora do movimento feminista Femen, Oxana Shachko durante manifestação em Kiev em 2011


Oksana Chatchko, cofundadora e ex-membro do grupo feminista Femen, suicidou-se em seu apartamento em Paris, aos 31 anos  confirmou por telefone nesta terça-feira a líder da organização, Inna Chevtchenko.
“Oksana foi encontrada ontem, em Paris, em seu apartamento. Ela se suicidou”, afirmou Inna. Pela manhã, Anna Goutsol, outra cofundadora do movimento, confirmou o óbito em sua página no Facebook, sem dar detalhes sobre a causa de sua morte.
“A mais corajosa (…) Oksana Chatchko nos deixou. Com seus amigos e sua família, estamos em luto, e esperamos a versão oficial da polícia. Até o momento, o que sabemos é que (…) o corpo de Oksana foi encontrado em seu apartamento em Paris. Segundo seus amigos, ela deixou uma carta de suicídio”, escreveu.
Com outras três militantes, Oksana Chatchko fundou o grupo feminista em abril de 2008, em Kiev, na Ucrânia. Esse movimento se tornou conhecido por suas passeatas em que as mulheres saíam para protestar com os seios nus. Exilada na França desde 2013, a jovem deixou a organização e exercia a profissão de pintora.
(Com AFP)
Por: Leticia Fuentes

ONU Mulheres anuncia Marta Vieira da Silva como embaixadora global da Boa Vontade

Marta dedicará seus esforços para apoiar o trabalho das mulheres pela igualdade de gênero e empoderamento das mulheres em todo o mundo, inspirando mulheres e meninas a desafiar estereótipos, superar barreiras e seguir seus sonhos e ambições. incluindo na área do esporte
 ONU Mulheres anuncia Marta Vieira da Silva como embaixadora global da Boa Vontade/planeta 50 50 onu mulheres ods noticias meninas marta igualdade de genero direitosdasmulheres
                                                          Marta Vieira da Silva, jogadora de futebol brasileira, é nomeada
                                                                                   embaixadora global da 
                                                             ONU Mulheres para Meninas e Mulheres no Esporte
                                                                                             Foto: Divulgação



A ONU Mulheres anunciou hoje (12/7) a nomeação da renomada jogadora de futebol brasileira Marta Vieira da Silva como Embaixadora da Boa Vontade para mulheres e meninas no esporte. Marta da Silva, popularmente conhecida por seus e suas fãs como Marta, dedicará seus esforços para apoiar o trabalho das mulheres pela igualdade de gênero e empoderamento das mulheres em todo o mundo, inspirando mulheres e meninas a desafiar estereótipos, superar barreiras e seguir seus sonhos e ambições. incluindo na área do esporte.
Um ícone e modelo para muitas pessoas, Marta é amplamente considerada como  a melhor jogadora de futebol feminino de todos os tempos. Ela atualmente joga pelo Orlando Pride na Liga Nacional Feminina de Futebol dos Estados Unidos e como atacante da seleção brasileira. Ela é a maior pontuadora de todos os tempos do torneio da Copa do Mundo Feminina da FIFA e foi nomeada Jogadora do Ano cinco vezes consecutivas. Ela também foi membro das seleções brasileiras que conquistaram a medalha de prata nas Olimpíadas de 2004 e 2008 e foi nomeada uma das seis embaixadoras da Copa do Mundo de 2014 no Brasil.
Acolhendo a nova Embaixadora da Boa Vontade, Phumzile Mlambo-Ngcuka, diretora executiva da ONU Mulheres, disse: “Marta Vieira da Silva é um modelo excepcional para mulheres e meninas em todo o mundo. Sua própria experiência de vida conta uma história poderosa do que pode ser alcançado com determinação, talento e coragem. O esporte é uma linguagem universal; nos inspira e nos une, pois amplia nossos limites. Estamos ansiosas para trabalhar de perto com Marta para trazer o poder transformador do esporte para mais mulheres e meninas, e para construir rapidamente a igualdade. Tenho o prazer de recebê-la na família da ONU Mulheres”.
“É uma honra me tornar uma embaixadora da Boa Vontade da ONU Mulheres para mulheres e meninas no esporte. Estou totalmente comprometida em trabalhar com a ONU Mulheres para garantir que mulheres e meninas em todo o mundo tenham as mesmas oportunidades que homens e meninos têm para realizar seu potencial e eu sei, da minha experiência de vida, que o esporte é uma ferramenta fantástica para o empoderamento”. disse Marta. “Em todo o mundo, hoje, as mulheres estão demonstrando que podem ter sucesso em papéis e posições anteriormente mantidas para os homens. A participação das mulheres no esporte e na atividade física não é exceção. Por meio do esporte, mulheres e meninas podem desafiar normas socioculturais e estereótipos de gênero e aumentar sua autoestima, desenvolver habilidades de vida e liderança; elas podem melhorar sua saúde e posse e compreensão de seus corpos; tomar consciência do que é violência e como evitá-la, procurar serviços disponíveis e desenvolver habilidades econômicas”.
As mulheres no esporte são mais visíveis do que nunca: durante as Olimpíadas do Rio de 2016, aproximadamente 4.700 mulheres – 45% de todos os atletas – representaram seus países em 306 eventos. A Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, adotada por lideranças mundiais em 2015, definiu o roteiro para alcançar a igualdade de gênero até 2030 e reconhece explicitamente o esporte como um importante facilitador para o desenvolvimento e o empoderamento das mulheres.
O esporte pode capacitar, quando combinado com espaços seguros e oportunidades de aprendizagem de habilidades de vida holísticas que aumentam a autonomia de uma menina. O programa “Uma vitória leva à outra”, desenvolvido pela ONU Mulheres e Women Win, tem trabalhado com mulheres jovens e meninas no Rio de Janeiro para fornecer treinamento esportivo e habilidades para a vida, e provou melhorar a confiança e a compreensão das meninas em saúde sexual e direitos, finanças e habilidades de liderança. O programa “Uma Vitória Leva à Outra” melhora sua capacidade de mulheres jovens e meninas de influenciar decisões que afetam suas vidas em todos os níveis, e deve ser replicado na Argentina e em outros países do mundo.
No entanto, as mulheres e meninas no esporte continuam a enfrentar sérios desafios, e há um longo caminho a percorrer para alcançar a igualdade no mundo do esporte. Meninas e mulheres em todo o mundo têm menos oportunidades, menos investimento e enfrentam discriminação e até assédio sexual quando praticam esporte. Quando o fazem como atletas profissionais, enfrentam o teto de vidro e uma substancial diferença salarial. O pagamento total para a última Copa do Mundo Feminina de Futebol, por exemplo, foi de US$ 15 milhões, comparado a US$ 576 milhões para a última Copa do Mundo de Futebol Masculino.
De acordo com o relatório de 2017 da inteligência do Sporting – o Global Sports Salaries Survey (GSSS) – entre os atletas de elite, as mulheres ganham em média apenas 1% do que os homens de elite ganham. No ranking da Forbes, dos 100 atletas mais bem pagos, não havia uma mulher entre as principais ganhadoras do mundo.
Embaixadoras da Boa Vontade da ONU Mulheres são pessoas proeminentes do mundo das artes, ciências, literatura, entretenimento, esporte ou outros campos da vida pública que expressaram seu compromisso pessoal com o mandato da ONU Mulheres e sua determinação de criar impulso e recursos em torno da igualdade de gênero e empoderamento de mulheres e meninas através da mobilização de seus públicos em sua área de atuação e influência.
Marta também atuou como Embaixadora da Boa Vontade do PNUD nos últimos anos.
Breve biografia detalhada: Marta Vieira da Silva, Embaixadora da ONU Mulheres Boa Vontade para mulheres e meninas no esporte
Marta Vieira da Silva nasceu no Brasil em 1986 e é cidadã do Brasil e da Suécia. Considerada como a melhor jogadora de futebol feminino de todos os tempos, ela atualmente joga pelo Orlando Pride na Liga Nacional Feminina de Futebol dos Estados Unidos e é atacante da Seleção Brasileira.
Artilheira e talentosa, famosa por sua capacidade de drible, Marta terminou a Copa do Mundo Feminina da FIFA 2007 como vencedora da Bola de Ouro e da Bota de Ouro por marcar sete gols. Marcando 15 gols na Copa do Mundo de 2015, Marta se tornou a maior pontuadora de todos os tempos do torneio. Foi eleita Jogadora do Ano da FIFA por cinco vezes consecutivas entre 2006 e 2010, e foi membro das seleções brasileiras que conquistaram a medalha de prata nas Olimpíadas de 2004 e 2008. Ela foi nomeada como uma das seis embaixadoras da Copa do Mundo Feminina de 2014 realizada no Brasil.
Crescendo em uma família pobre dos cerrados do nordeste do Brasil, em Dois Riachos, Alagoas, Marta jogava futebol de rua sem sapatos e era muitas vezes evitada pelos garotos que ela podia superar.
Ela trabalhou anteriormente como Embaixadora da Boa Vontade, de 2010 a 2018, para o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, periodo em que ela promoveu os esforços internacionais para alcançar os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM) com foco especial no empoderamento das mulheres.

Solicitações de Imprensa – ONU Mulheres para Américas e Caribe:
Miguel Trancozo, miguel.trancozo@unwomen.org