quarta-feira, 25 de julho de 2018

Campanha #UseLaranja aborda vulnerabilidade de mulheres negras à violência de gênero

Divulgados todo dia 25, Dia Laranja, momento de mobilizações da campanha do Secretário-Geral da ONU “UNA-SE pelo Fim da Violência contra as Mulheres”, episódios abordam diferentes tipos de violência e buscam o engajamento de diferentes setores da sociedade. Conteúdos podem ser conferidos, todo dia 25, nas redes sociais da defensora Juliana Paes, da ONU Mulheres e da ONU Brasil
Playlist #UseLaranja pelo fim da violência contra as mulheres do Youtube da ONU Mulheres Brasil
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A violência de gênero que vulnerabiliza milhões de mulheres negras é o tema o terceiro episódio da campanha #UseLaranja pelo fim da violência contra as mulheres, que está sendo divulgado neste 25 de julho, Dia Internacional da Mulher Negra Latino-americana, Caribenha e da Diáspora. O conteúdo está sendo divulgado nas redes sociais da ONU Brasil, ONU Mulheres Brasil e da defensora para a Prevenção e a Eliminação da Violência contra as Mulheres da ONU Mulheres Brasil, Juliana Paes, e trata das diferentes manifestações de violência a que as mulheres negras brasileiras estão vulneráveis pelo racismo e sexismo, incluindo a discriminação religiosa.
“As mulheres negras são mais vulneráveis à violência de gênero. Elas são agredidas por serem mulheres e por serem negras. O machismo e o racismo agem sobre o modo de vida das mulheres negras. Elas são discriminadas pela cor da pele, pelos seus traços físicos, pela sua religiosidade”, registra a defensora Juliana Paes no episódio.
Para a representante da ONU Mulheres Brasil, Nadine Gasman, visibilizar a violência que as mulheres negras vivem no marco da campanha do Secretário-Geral da ONU “UNA-SE pelo fim da violência contra as mulheres” é importante para sensibilizar a sociedade brasileira de que “o racismo intensifica as violências de gênero, o que se manifesta pelos altos números de mulheres negras que são parte das vítimas da violência contra as mulheres. Isso requer ações de prevenção e enfrentamento em que as mulheres negras sejam consideradas pela sua especificidade e representação populacional, o que traz desafios concretos em termos de resposta dos serviços essenciais de atenção e políticas públicas”.
No vídeo da campanha #UseLaranja, a defensora Juliana Paes recupera o impacto do racismo na vida das mulheres negras brasileiras: “Recebem menores salários e vivem em locais com menos segurança. São tratadas como se tivessem menos direitos, inclusive quando vão buscar apoio para romper o ciclo de violência em relacionamentos afetivos”. Além de constatar a realidade das afro-brasileiras, a defensora conclama para o fim das desigualdades: “O machismo e o racismo têm que acabar. Mudar essa realidade significa tratar as mulheres negras como cidadãs e sujeitas da sua história, sem discriminação de qualquer ordem” e convida todas e todos a fazerem parte da campanha do Secretário-geral da ONU “UNA-SE pelo fim da violência contra as mulheres” com ações práticas e engajamento no dia 25 de cada mês.
#UseLaranja – Os episódios são divulgados todo dia 25, Dia Laranja, momento de mobilizações da campanha do Secretário-Geral da ONU “UNA-SE pelo Fim da Violência contra as Mulheres”. Os conteúdos poderão ser conferidos nas redes sociais da defensora Juliana Paes, da ONU Mulheres e da ONU Brasil.
Os vídeos abordam: engajamento público todo dia 25 #DiaLaranja; incentivo à manifestação de apoio público às mulheres em situação de violência; apresentação do Destaque-Laranja ação da ONU Brasil para visibilizar ativistas, organizações da sociedade civil, escolas, universidades, cidades e empresas com ações concentras pelo fim da violência de gênero; como identificar e enfrentar a violência de gênero nas empresas; estímulo às escolas e comunidade escolar na promoção de ações preventivas à violência contra as mulheres; encorajamento para que as pessoas não fiquem indiferentes à violência de gênero; mensagem às mulheres em situação de violência para busca de apoio e acolhimento em serviços especializados; descrição da violência doméstica e família; caracterização da violência patrimonial; defesa da liberdade das mulheres na escolha de roupas e acessórios; reforço à igualdade; vulnerabilidade das mulheres negras à violência de gênero; alerta contra estupro; caracterização da violência psicológica; e mensagem de mobilização para os 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres, que acontecem, no Brasil, entre 20 de novembro de 10 de dezembro.
Dia Laranja – Celebrado a cada dia 25 do mês, o Dia Laranja Pelo Fim da Violência contra as Mulheres e Meninas alerta para a importância da prevenção e da resposta à violência de gênero. Sendo uma cor vibrante e otimista, o laranja representa um futuro livre de violência, convocando à mobilização todos os meses do ano no dia 25, culminando no 25 de Novembro, Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres.
O Dia Laranja foi proposto pela juventude latino-americana para manter a mobilização contra a violência de gênero para além do Dia Internacional pela Eliminação d a Violência contra as Mulheres, 25 de novembro, data do assassinato das Mariposas, três irmãs dominicadas que se opunham à ditadura no seu país. O Dia Laranja integra a campanha do Secretário-Geral da ONU “UNA-SE pelo Fim da Violência contra as Mulheres”, lançada em 2008 pelas Nações Unidas com o objetivo de dar visibilidade e aumentar a vontade política e os recursos designados a prevenir e responder à violência de gênero.
UNA-SE Pelo Fim da Violência contra as Mulheres – Em 2008, o então Secretário-Geral da ONU, Ban Ki-moon, lançou a campanha global UNA-SE pelo Fim da Violência contra as Mulheres, com o objetivo de dar visibilidade e aumentar a vontade política e os recursos para prevenir e eliminar a violência contra mulheres e meninas em todo o mundo. A campanha convoca os governos, sociedade civil, organizações de mulheres, homens, jovens, o setor privado, a mídia e todo o sistema ONU para unir forças para enfrentar essa pandemia global. Esse compromisso foi reafirmado pelo Secretário-Geral da ONU, António Guterres, como “UNA-SE até 2030”.
Os pilares da campanha na América Latina e no Caribe incluem o acesso à justiça para o fim da impunidade, a prevenção com escolas, comunidades e meios de comunicação para que mais nenhuma mulher seja vítima das violências de gênero, e a mobilização de toda a sociedade, especialmente de jovens e homens, reconhecendo que a responsabilidade é de todos e todas.
No Brasil, a campanha UNA-SE se desenvolve ao longo do ano através do grupo temático interagencial sobre gênero, raça e etnia da ONU, liderado pela ONU Mulheres. Tem como objetivo a longo prazo provocar uma mudança de mentalidades e atitudes, atingindo cidadãos e cidadãs com uma contundente mensagem de rechaço à violência contra mulheres e meninas.

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