O Ministério da Educação (MEC) informou,
nesta segunda-feira (11/01), que em meio às 5,5 milhões de redações corrigidas
sobre a violência contra a mulher no Brasil, escritas por alunos que prestaram
o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2015, inúmeros textos alertaram a
equipe de examinadores por conter relatos vívidos de agressão e assédio.
O
ministro da Educação disse que 55 redações chamaram a atenção dos avaliadores
pelo teor. “Nós verificamos em muitas redações depoimentos muito preocupantes
de pessoas que foram assediadas, estupradas ou testemunhas de casos de
violência. Em muitos destes casos a violência está muito próxima. A redação foi
um grande momento de reflexão não só para os participantes, mas para toda
sociedade”, disse Mercadante.
Diante desta situação, o Ministério da
Educação foi orientado pelo Ministério Público Federal a divulgar os canais
institucionais de proteção à mulher: Central de Atendimento à Mulher – Ligue
180 e a Rede de Enfrentamento à Violência contra a Mulher que conta com mais de
1.300 serviços especializados, como delegacias da mulher (Deams), juizados,
defensorias, promotorias, centros de referência e casas de abrigo. As cidades
de Brasília e Campo Grande já contam com Casas da Mulher Brasileira que
realizam atendimento integral e humanizado das mulheres em situação de
violência.
A
Secretaria de Políticas para as Mulheres (SPM) do Ministério das Mulheres, da
Igualdade Racial e dos Direitos Humanos reafirma a importância das mulheres em
situação de violência de procurarem a Central de Atendimento à Mulher – Ligue
180. O serviço está estruturado para atender as denúncias de violências
praticadas contra as mulheres em todo o país e de brasileiras residentes em
mais 16 países da América e Europa (Argentina, Bélgica, Espanha, EUA (São
Francisco), França, Guiana Francesa, Holanda, Inglaterra, Itália, Luxemburgo,
Noruega, Paraguai, Portugal, Suíça, Uruguai e Venezuela).
A
Central funciona 24 horas, todos os dias da semana, inclusive finais de semana
e feriados. Desde março de 2014, o Ligue 180 atua como disque-denúncia, com
capacidade de envio de denúncias para a Segurança Pública com cópia para o
Ministério Público de cada estado.
O
Ligue 180 é um serviço de utilidade pública, gratuito e confidencial, pois
preserva anonimato das vítimas e dos denunciantes, e é oferecido pela SPM desde
2005. A Central recebe denúncias de violência, reclamações sobre os serviços da
rede de atendimento à mulher e orienta sobre os direitos e sobre a legislação
de proteção à mulher, fazendo o encaminhamento para outros serviços quando
necessário.
Acesse no site de origem: Mulheres em situação de violência devem procurar o Ligue 180 (SPM – 12/01/2016)
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