quarta-feira, 20 de abril de 2016

A Presidenta Dilma não está sozinha, afirmam mulheres durante “abraçaço da democracia”


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Um grupo de mulheres de Brasília, pouco depois da votação do processo de impeachment na Câmara dos Deputados, no último domingo (17), decidiu que elas precisavam fazer alguma coisa para apoiar a presidenta Dilma Rousseff. Nasceu, então, a ideia do “abraçaço da democracia”. Hoje (19), elas lotaram a frente do Palácio do Planalto para demonstrar repúdio ao movimento pela deposição de Dilma e mostrar à presidenta que ela não está sozinha.
A gente decidiu se organizar para vir aqui trazer apoio, trazer um afago e dizer para ela que ela não está sozinha, que nós estamos junto com ela, que nós vamos continuar lutando pela democracia. Nós vamos continuar sempre ao lado dela defendendo o mandato, porque ela foi legitimamente eleita e não é possível que o Congresso consiga derrubar uma presidenta eleita pelo povo”, afirmou a estudante de direito Leila Moraes.
A presidenta se encontrou com um grupo de representantes do movimento e recebeu manifestos de apoio a seu mandato. “Nós trouxemos um manifesto de apoio a ela, combatendo todo esse machismo, a misoginia que tem acontecido. A gente veio trazer para ela essa certeza de que ela não está sozinha, de que nós votamos e nós continuaremos apoiando e ela vai ter sempre nós, mulheres, guerreiras, ao lado dela, porque ela representa muito para a gente e ela lutou muito por todos nós. Então chegou o nosso momento de também lutar por ela”, assegurou a estudante.
Leila destacou que um dos momentos mais emocionantes da noite foi quando a presidenta desceu a rampa do Palácio do Planalto para cumprimentar o público que estava na área externa para lhe prestar apoio. “Quando a gente percebeu que ela ia, de fato, descer a rampa, foi muito emocionante, tanto para nós que estávamos aqui com ela quanto para as outras mulheres que estavam lá. Foi muito bonito, muito simbólico, e eu vejo como um gesto de gratidão por parte da presidenta, pelo movimento que nós estamos fazendo. É como se fosse um sopro e nos dá muito mais fôlego e muito mais vontade de continuar defendendo a nossa democracia, defendendo o nosso país e o mandato da nossa presidenta”, afirmou.
Danielle Cardoso, uma das idealizadoras do ato, trouxe o filho Bernardo, de apenas quatro meses, para participar do “abraçaço” e expressar o que, segundo ela, mulheres de todo o País estão sentindo. “Esse movimento surgiu desse nosso desejo de dar voz ao que muitas outras mulheres desse Brasil também estão sentindo”, disse.
Danielle disse ter se sentido gratificada ao perceber o impacto do ato na presidenta Dilma Rousseff. “A gente sentiu sim, que esse movimento mesmo tendo sido criado tão rápido, ele levantou o astral dela. Ela sentiu a energia, tanto de nós que criamos o grupo, mas principalmente de tantas mulheres e homens também, que estavam lá fora trazendo voz a esse movimento. Eu acredito que cada um deve fazer um pouquinho diariamente e deve lutar por direitos e por democracia”, finalizou.

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