terça-feira, 31 de maio de 2016

SUS oferece tratamento para quem deseja parar de fumar

cigarrono

Depois de 22 anos como tabagista, a garçonete Eliete Alves da Costa Barros, 46 anos, decidiu que era hora de parar de fumar.
“Foi há 09 anos atrás que eu vi meu marido doente com problema no coração e decidi que era preciso tomar uma atitude. Fumar em casa estava prejudicando ele também.  Na época eu fumava duas cartelas e meia de cigarros todos os dias. Eu sentia muito cansaço e era um pigarro na garganta o tempo todo”, conta.
Quem fuma pode ficar dependente da nicotina, substância  tóxica presente no tabaco que provoca uma série de doenças graves e fatais, como vários tipos câncer e complicações cardiorrespiratórias.Essa dependência química causada pela nicotina do cigarro e outros produtos como cachimbo, charutos, narguilé e outros é reconhecida como doença pela Organização Mundial da Saúde desde 1997.  Além da nicotina, o alcatrão e o monóxido de carbono também são exemplos das cerca de 4.720 substâncias tóxicas existentes na fumaça do cigarro que trazem risco à saúde.
O tabagismo ainda pode provocar o desenvolvimento de outras complicações, como tuberculose, úlcera gastrintestinal, impotência sexual, infertilidade em mulheres e homens, osteoporose e catarata.
Tratamento
No Brasil, existe desde 2004 um tratamento para ajudar as pessoas que querem parar de fumar, mas não conseguem. O tratamento é oferecido gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nas Unidades Básicas de Saúde e nos Hospitais. Foi com esse apoio do SUS que  Eliete colocou em prática a vontade que tinha de deixar o vício:

“Sempre digo que exige muita força de vontade de quem fuma, mas o empenho do pessoal do posto médico foi fundamental. Eles insistiram comigo e isso fez diferença. Eu comecei o primeiro tratamento, não dei conta e desisti. Na segunda vez só que consegui. Ia aos grupos toda semana e tomei o medicamento durante pouco tempo”, explica a garçonete.
O tratamento completo disponível no SUS envolve métodos que vão desde o aconselhamento até o uso de medicamentos. O tabagista terá acesso a informações, reuniões de apoio, consultas para acompanhamento da saúde e acompanhamento psicológico, se necessário. Caso haja a indicação de apoio medicamentoso, está disponível a terapia de reposição de nicotina, goma de mascar, pastilha e cloridrato de bupropiona. O uso de medicamentos é um recurso adicional no tratamento e deve ser usado, se possível, juntamente com os serviços de apoio, embora eficazes se administradas separadamente. O uso desses medicamentos pode dobrar as chances de um fumante parar de fumar, mas só devem ser usados com acompanhamento profissional.
As informações sobre os locais de atendimento e horários disponíveis de tratamento podem ser encontradas nas unidades de atenção básica e nos hospitais próximos de casa ou do trabalho. O Disque Saúde no número 136 também oferece informações sobre como parar de fumar.
Decisão
O primeiro passo para abandonar o tabagismo é decidir, de forma concreta, quando será o primeiro dia sem cigarro. É importante fazer dessa data uma ocasião especial, com uma programação agradável para conseguir se distrair e relaxar.  Evite tomar essa decisão em situações que, no geral, possam induzir naturalmente a fumar , como uma festa com os amigos fumantes ou situações onde estará estressado ou ansioso.
“Eu ia nas reuniões, me informava, buscava ir ao médico pra ver como estava a minha saúde. Um conselho que dou pra qualquer pessoa que queira parar de fumar é que tenham força de vontade! Busquem apoio, ajuda, para ter forças”, reforça Eliete. 
 
 Para mais informações sobre Como Deixar de Fumar acesse:
http://www2.inca.gov.br/wps/wcm/connect/acoes_programas/site/home/nobrasil/programa-nacional-controle-tabagismo/tratamento-do-tabagismo
Gabi Kopko, para o Blog da Saúde

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