Intérpretes possibilitam a comunicação entre surdos e
ouvintes (Foto: Astorige Carneiro/SEE)
Inaugurado em 2005 para
atender a comunidade surda do Acre, o Centro de Apoio ao Surdo (CAS) completa
dez anos de ações no Estado, celebrando o trabalho dos funcionários e
garantindo que as pessoas atendidas na instituição conquistem e exerçam seus
direitos na sociedade.
A política educacional
do centro, parte da educação especial da Secretaria de Estado de Educação e
Esporte (SEE), estimula a socialização e a inclusão da comunidade surda,
realizando atividades que beneficiam 180 surdos integrados à rede pública de
ensino em 48 escolas, além dos membros da comunidade em geral que necessitam do
apoio institucional que o CAS oferece.
Em todo o Acre, mais de cem intérpretes exercem a função de comunicar
ouvintes e surdos por intermédio da Língua Brasileira de Sinais (Libras),
contando com apoio das Salas de Recursos Multifuncionais, espaços equipados
para atender os alunos com necessidades especiais nas escolas acreanas.
Lindomar Torres, uma das três primeiras intérpretes do Acre, relembra
que, há 14 anos, apenas três escolas contavam com o apoio para os alunos
surdos. “É gratificante ver os frutos do trabalho que a educação vem realizando
pela comunidade surda. Nosso trabalho vai além de garantir a boa educação: nós
nos tornamos parte de uma ação social”, explica.
Socorro Rodrigues, coordenadora do CAS (Foto: Edna Medeiros/Secom)
O CAS também oferece cursos de
Libras para todos os membros da comunidade que desejam aprender a linguagem de
sinais, além de também ofertar há um ano os serviços da Central de
Interpretação de Libras (CIL), garantindo o acesso irrestrito das pessoas
surdas aos serviços públicos, com atendimento presencial e online.
Socorro Rodrigues, coordenadora do CAS, reforça a importância do apoio
familiar para a interação positiva da pessoa surda com a sociedade ouvinte.
“Existem barreiras difíceis de transpor impostas pelas próprias famílias dos
surdos. Com os intérpretes e a vontade de aprender, conseguimos quebrar esse
distanciamento”, afirmou.
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