terça-feira, 3 de maio de 2016

Fabiana abre revezamento da tocha, e Vanderlei repete aviãozinho de Atenas

Bicampeã olímpica é a primeira a conduzir a chama olímpica em solo brasileiro, e medalhista de bronze da maratona volta a fazer gesto da comemoração de 2004

Por Dilma e Fabiana no revezamento da tocha olímpica em Brasília (Foto: Wilton Junior/Agência Estado)
Fabiana recebeu a tocha olímpica das mãos da presidente Dilma Rousseff (Foto: Wilton Junior/Agência Estado)
Foi dada a largada para o revezamento da tocha olímpica. Após uma cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília, a presidente Dilma Rousseff passou a chama símbolo das Olimpíadas para a jogadora de vôlei Fabiana perto das 10h desta terça-feira. A capitã da seleção bicampeã olímpica teve a honra de ser a primeira condutora da flama em solo brasileiro.
- Até agora estou sem palavras. É um momento histórico. Fico muito feliz de estar representando todos os atletas e o povo brasileiro nesse momento tão especial. Desde pequenininha, quando você começa a ser atleta, o sonho é chegar às Olimpíadas. Você vai jogar no seu país, e ser o primeiro atleta a conduzir a tocha, não tem emoção maior para descrever esse momento. A gente está se preparando para fazer o melhor e buscar mais um momento histórico, que é conseguir o tri - disse a bicampeã olímpica.
 Fabiana Claudino com a tocha olímpica (Foto: André Dusek/Agência Estado)
Fabiana desceu a rampa do Palácio do planalto com a tocha (Foto: André Dusek/Agência Estado)
"Como mulher e como negra, esse momento representa muito para mim", afirmou Fabiana Claudino, do vôlei brasileiro
Considerada uma das melhores centrais do mundo, Fabiana acompanhou toda a cerimônia do início do revezamento no Palácio do Planalto, com discursos de autoridades como a presidente Dilma Rousseff e de Carlos Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e do Comitê Organizador dos Jogos do Rio de Janeiro. Com  tocha erguida nas mãos, a jogadora desceu a rampa do Palácio do Planalto e caminhou por alguns minutos pela Esplanada dos Ministérios.
A bicampeã olímpica rapidamente foi cercada por manifestantes, com cartazes de protestos de tom político. Protegida por batedores, Fabiana passou a chama para Artur Ávila Cordeiro de Melo, primeiro pesquisador brasileiro e da América Latina a receber a Medalha Fields, considerada o Prêmio Nobel da matemática.
A lista dos dez primeiros condutores foi fechada por Vanderlei Cordeiro de Lima. Medalhista de bronze da maratona dos Jogos de Atenas 2004, o ex-atleta recebeu a chama dentro da Catedral de Brasília e deixou o ponto turístico da cidade fazendo o tradicional aviãozinho, gesto de comemoração ao fim da maratona de Atenas, depois de ter sido segurado por um padre irlandês quando liderava a prova.
Outro destaque entre os dez primeiros condutores foi a refugiada síria Hanan Khaled Daqqah Hanan. A garota de 12 anos chegou a viver em um campo de refugiados na Jordânia antes de se mudar com a família para São Paulo.
Estiveram entre os primeiros condutores atletas consagrados do esporte brasileiro como Paula Pequeno (bicampeã olímpica de vôlei), Adriana Araújo (primeira brasileira medalhista olímpica do boxe) e Gabriel Medina (primeiro brasileiro campeão mundial de surfe). Dois jovens promissores atletas também participaram: Angelo Assumpção, da ginástica artística, e Gabriel Hardy, do caratê, esporte que não faz parte do programa olímpico. A quinta condutora foi Auriele Vieira de Brito, diretora da Escola Estadual Augustinho Brandão, em Cocal dos Alves, no Piauí.
A tocha olímpica vai percorrer mais de 300 cidades em solo nacional até a cerimônia de abertura dos Jogos, no dia 5 de agosto. Vão ser 12 mil condutores nos 95 dias de revezamento, com 20km de trajeto em terra e 16km percorridos de avião.

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