Bicampeã olímpica é a primeira a conduzir a chama olímpica em solo brasileiro, e medalhista de bronze da maratona volta a fazer gesto da comemoração de 2004
Por GloboEsporte.com
Fabiana recebeu a tocha olímpica das mãos da presidente
Dilma Rousseff (Foto: Wilton Junior/Agência Estado)
Foi dada a largada para o revezamento da tocha olímpica. Após
uma cerimônia no Palácio do Planalto, em Brasília, a presidente Dilma Rousseff
passou a chama símbolo das Olimpíadas para a jogadora de vôlei Fabiana perto
das 10h desta terça-feira. A capitã da seleção bicampeã olímpica teve a honra
de ser a primeira condutora da flama em solo brasileiro.
- Até agora estou sem
palavras. É um momento histórico. Fico muito feliz de estar representando todos
os atletas e o povo brasileiro nesse momento tão especial. Desde pequenininha,
quando você começa a ser atleta, o sonho é chegar às Olimpíadas. Você vai jogar
no seu país, e ser o primeiro atleta a conduzir a tocha, não tem emoção maior
para descrever esse momento. A gente está se preparando para fazer o melhor e
buscar mais um momento histórico, que é conseguir o tri - disse a bicampeã
olímpica.
Fabiana desceu a rampa do Palácio do planalto com a tocha (Foto: André Dusek/Agência Estado)
"Como mulher e como negra, esse momento representa muito para mim", afirmou Fabiana Claudino, do vôlei brasileiro
Considerada uma das melhores centrais do mundo, Fabiana
acompanhou toda a cerimônia do início do revezamento no Palácio do Planalto,
com discursos de autoridades como a presidente Dilma Rousseff e de Carlos
Arthur Nuzman, presidente do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e do Comitê
Organizador dos Jogos do Rio de Janeiro. Com tocha erguida nas mãos, a
jogadora desceu a rampa do Palácio do Planalto e caminhou por alguns
minutos pela Esplanada dos Ministérios.
A bicampeã olímpica
rapidamente foi cercada por manifestantes, com cartazes de protestos de tom
político. Protegida por batedores, Fabiana passou a chama para Artur Ávila
Cordeiro de Melo, primeiro pesquisador brasileiro e da América Latina a receber
a Medalha Fields, considerada o Prêmio Nobel da matemática.
A lista dos dez
primeiros condutores foi fechada por Vanderlei Cordeiro de Lima. Medalhista de
bronze da maratona dos Jogos de Atenas 2004, o ex-atleta recebeu a chama dentro
da Catedral de Brasília e deixou o ponto turístico da cidade fazendo o tradicional
aviãozinho, gesto de comemoração ao fim da maratona de Atenas, depois de ter
sido segurado por um padre irlandês quando liderava a prova.
Outro destaque entre os dez primeiros condutores foi a
refugiada síria Hanan Khaled Daqqah Hanan. A garota de 12 anos chegou a viver
em um campo de refugiados na Jordânia antes de se mudar com a família para São
Paulo.
Estiveram entre os primeiros condutores atletas consagrados
do esporte brasileiro como Paula Pequeno (bicampeã olímpica de vôlei), Adriana
Araújo (primeira brasileira medalhista olímpica do boxe) e Gabriel Medina (primeiro
brasileiro campeão mundial de surfe). Dois jovens promissores atletas também
participaram: Angelo Assumpção, da ginástica artística, e Gabriel Hardy, do
caratê, esporte que não faz parte do programa olímpico. A quinta condutora foi
Auriele Vieira de Brito, diretora da Escola Estadual Augustinho Brandão, em
Cocal dos Alves, no Piauí.
A tocha olímpica vai percorrer mais de 300 cidades em solo
nacional até a cerimônia de abertura dos Jogos, no dia 5 de agosto. Vão ser 12
mil condutores nos 95 dias de revezamento, com 20km de trajeto em terra e 16km
percorridos de avião.
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