Maria das Dores Salvador Priante foi sequestrada e morta a tiros.
Violência é investigada pelas delegacias de Manacapuru e Iranduba.
A líder comunitária Maria das Dores Salvador Priante,
40, sequestrada e morta em
Iranduba, município a 27 km de Manaus, já havia registrado
ameaças que vinha sofrendo à Polícia Civil e à Assembleia Legislativa do
Amazonas (ALE-AM).
Ela foi retirada a força de casa na noite de
quarta-feira (12) por um grupo de homens armados. Na manhã desta quinta-feira
(13), o corpo dela foi encontrado com marcas de tiros no km 52 da Rodovia
AM-070, que liga as duas cidades.
A vítima já havia registrado três boletins de
ocorrência, sendo dois por ameça e um por injúria, segundo a polícia. A morte
da líder comunitária é investigada pela Delegacia de Manacapuru, com apoio da equipe de Iranduba.
Para a família, o crime pode ter ligação com denúncias
por disputa de terras. "Ela recebia ameaças de mortes e já havia sido
agredida há cerca de um ano", disse ao G1 o marido da vítima, Gerson Priante,
que atribuiu a violência a um homem que vendia terras ilegalmente na comunidade.
Pedido de Socorro
Nesta
quinta-feira, o deputado estadual José Ricardo (PT) afirmou que dona Dora, como
era conhecida a vítima, e os comunitários, já tinham denunciado perseguições e
ameaças às autoridades.
"Pediram de todos os órgãos competentes reforço na
segurança da comunidade", disse a assessoria do parlamentar, em nota.
No dia 28 de abril, afirma a assessoria, o deputado esteve com ela na
sede da Secretaria de Segurança Pública para pedir apoio e providências. Já no
dia 24 de junho, ela esteve no plenário da Assembleia Legislativa, pedindo
apoio contra os atos e ameaças de morte. "Nada foi feito", lamentou a
assessoria do petista.
O
crime
De acordo com a polícia, quatro homens, todos armados, invadiram a residência de Maria das Dores, situada na Comunidade da Portelinha, Km 28, onde estava a líder comunitária e um caseiro, de nome não informado.
De acordo com a polícia, quatro homens, todos armados, invadiram a residência de Maria das Dores, situada na Comunidade da Portelinha, Km 28, onde estava a líder comunitária e um caseiro, de nome não informado.
"O quarteto amarrou as vítimas, pegou alguns
objetos da residência e durante a fuga levaram a mulher como refém",
relatou a Polícia Civil ao G1.
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