Abertura
da campanha global da ONU nos 16 Dias, “Torne o Mundo Laranja”, começa com
destaque para o Brasil este ano; país é o 5o no ranking de assassinato de
mulheres
Acesse aqui o Mapa da Violência 2015
Durante a campanha mundial dos 16 Dias de
Ativismo Pelo Fim da Violência contra as Mulheres, a Organização das Nações
Unidas iluminará o Museu Nacional, em Brasília, com dados de violência contra
as mulheres, nos dias 18 e 19 de novembro. A ação acontece no contexto da
visita da Diretora Executiva da ONU Mulheres, Phumzile Mlambo-Ngcuka, que trará
o país para os holofotes internacionais este ano.
No Brasil, a Campanha dos 16 Dias se inicia em 20 de novembro, o Dia da Consciência Negra, e termina em 10 de Dezembro – Dia Internacional dos Direitos Humanos.
No Brasil, a Campanha dos 16 Dias se inicia em 20 de novembro, o Dia da Consciência Negra, e termina em 10 de Dezembro – Dia Internacional dos Direitos Humanos.
Os 16 Dias de Ativismo
começaram em 1991, quando mulheres de diferentes países, reunidas pelo Centro
de Liderança Global de Mulheres (CWGL), iniciaram uma campanha com o objetivo
de promover o debate e denunciar as várias formas de violência contra as
mulheres no mundo. A data é uma homenagem às irmãs Pátria, Minerva e Maria Teresa,
que se posicionaram contrárias ao ditador Trujillo, ficando conhecidas como
“Las Mariposas”, e sendo assassinadas em 1960, na República Dominicana.
Hoje, cerca de 150
países desenvolvem esta campanha. No Brasil, ela acontece desde 2003, por meio
de ações de mobilização e esclarecimento sobre o tema.
Segundo o Mapa da
Violência 2015, estudo elaborado pela Faculdade Latino-Americana de
Ciências Sociais (Flacso), com o apoio da ONU Mulheres e da Organização
Pan-americana de Saúde, o Brasil assume a 5ª posição no ranking de feminicídio,
com uma taxa de 4,8 assassinatos por cada 100 mil mulheres. 55,3% desses crimes
foram cometidos no ambiente doméstico e 33,2% dos assassinos eram parceiros ou
ex-parceiros das vítimas, com base em dados de 2013 do Ministério da Saúde.
O estudo diz ainda que
houve um aumento de 54% em dez anos no número de assassinatos de mulheres
negras, passando de 1.864, em 2003, para 2.875, em 2013.
As mensagens projetadas
no Museu Nacional convocam cidadãos e cidadãs, governos, universidades,
empresas e sociedade civil a tomarem uma atitude pelo fim da violência contra
mulheres e meninas.
A ação se relaciona à
campanha global da ONU Mulheres nos 16 Dias “Torne o Mundo Laranja”, que
iluminará de laranja monumentos importantes, a fim de dar visibilidade para o
problema. A cor laranja, por ser vibrante, foi escolhida para simbolizar um
futuro de esperança para mulheres e meninas. No ano passado, entre os
principais símbolos mundiais, foram iluminadas a Times Square, em Nova York, e
as Pirâmides do Egito.
Dia Laranja – Em julho de 2012, a campanha UNA-SE pelo Fim da Violência
Contra as Mulheres, do Secretário-Geral das Nações Unidas, proclamou o dia 25
de cada mês como um Dia Laranja. Em todo o mundo, agências das Nações Unidas e
organizações da sociedade civil utilizam esses dias para dar mais visibilidade
às questões que envolvem a prevenção e a eliminação da violência contra
mulheres e meninas.
Mapa da Violência - A fonte básica para a análise dos assassinatos no Brasil,
em todos os Mapas da Violência até hoje elaborados, é o Sistema de Informações
de Mortalidade (SIM), da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS) do Ministério
da Saúde (MS).
A seguir, alguns dos
dados apresentados no Mapa da Violência 2015: assassinato de mulheres no
Brasil.
Assassinato de mulheres
nas capitais – Vitória, Maceió, João
Pessoa e Fortaleza encabeçam as capitais com taxas mais elevadas no ano de
2013, acima de 10 assassinatos por 100 mil mulheres. No outro extremo, São
Paulo e Rio de Janeiro são as capitais com as menores taxas.
Estatísticas
internacionais – De acordo com os dados
da OMS, o Brasil tem taxa de 4,8 assassinatos por 100 mil mulheres, em 2013, o
que coloca o país na 5ª posição internacional, entre 83 países do mundo.
Cor das vítimas – As taxas das mulheres e meninas negras vítimas de assassinatos
cresce de 22,9% em 2003 para 66,7% em 2013. Houve, nessa década, um aumento de
190,9% na vitimização de negras, índice que resulta da relação entre as taxas
de mortalidade brancas e negras, expresso em percentual.
Idade das vítimas – Baixa ou nula incidência até os 10 anos de idade, crescimento
íngreme até os 18/19 anos, e a partir dessa idade, tendência de lento declínio
até a velhice. O platô que se estrutura no assassinato de mulheres, na faixa de
18 a 30 anos de idade, obedece à maior domesticidade da violência contra a
mulher.
Mais informações
ONU Mulheres – Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres
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ONU Mulheres – Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres
Isabel Clavelin – Assessora de Comunicação da ONU Mulheres
(61) 3038 9140 | 8175 6315
E-mail: isabel.clavelin@unwomen.org
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E-mail: isabel.clavelin@unwomen.org
Amanda Kamanchek Lemos – Coordenadora de Campanha
(61) 3038-9296 | 9984-9122
E-mail: amanda.lemos@unwomen.org
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E-mail: amanda.lemos@unwomen.org
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