quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Musas da Lei

A carreira de delegada começa a atrair uma nova geração de mulheres que não abre mão da vaidade para exercer a profissão.
Publicação: 08/04/2013 10:30 Atualização: 08/04/2013 11:27.


Bruna, 28 anos, Jane, 37, Isabela, 27, e Anie, 34, são delegadas da Polícia Civil do Distrito Federal, cujo quadro conta com 92 mulheres exercendo a função

Elas são jovens, bonitas, vaidosas e estão à frente de investigações nas polícias Civil e Federal, como a delegada Helô, personagem interpretada pela atriz Giovanna Antonelli em Salve Jorge, novela das 21h da Rede Globo. O estereótipo da mulher masculinizada, que só anda com roupas pretas e vai trabalhar sem maquiagem ou salto alto, não reflete o perfil atual das delegadas brasileiras. Apesar de os homens ainda serem maioria, aos poucos elas começam a desmitificar essa visão caricata e incentivam mais mulheres a ingressarem na carreira. Conciliar os deveres da profissão com a família e a maternidade ainda é um desafio, mas elas mostram que é possível superá-lo com planejamento e dedicação.

 “Hoje, a atividade policial se fundamenta basicamente no conhecimento, não existe nenhuma barreira de gênero”, relata a superintendente regional da Polícia Federal, Silvana Borges, 51 anos. Ela conheceu e se aprofundou na atividade de investigação durante os cinco anos que trabalhou como delegada da Polícia Civil de Goiás. Em 1995, tomou posse na Polícia Federal e conta que, nessa época, havia pouquíssimas mulheres na carreira. Ela acredita que a instituição evoluiu com a sociedade e, por isso, a profissão tornou-se mais atrativa também para as mulheres. Em todo o país, existem 182 delegadas que ocupam cargos de chefia na PF e 39 delas estão lotadas no DF. “Aquela imagem de que o policial tem que ser uma pessoa truculenta não tem nada a ver com a realidade. O policial precisa ser educado, polido, inteligente. Estamos aqui para prestar um serviço à sociedade”, explica.

Fernanda Costa de Oliveira, 34 anos, faz parte do grupo de delegadas da Polícia Federal que foram aprovadas no concurso de 2004. Desde pequena, ela teve contato com a carreira, pois o pai era policial. No início da graduação, já tinha escolhido a profissão que seguiria. Hoje, ela é chefe de delegacia e investiga crimes de desvio de recursos públicos. “O que mais me atrai na profissão é que é possível fazer ações que gerem benefícios reais e notórios para a sociedade. O resultado é imediato”, ressalta. Para Fernanda, diferentemente do que ocorre no poder Judiciário, a percepção de justiça no trabalho policial é mais rápida, pois não há tanta burocracia.
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