segunda-feira, 20 de fevereiro de 2017

Proposta aumenta pena para casos de estupro coletivo

Resultado de imagem para senadora Vanessa Grazziotin

Tramita na Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 5452/16, da senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), que aumenta a pena para o crime de estupro quando ele for cometido por duas ou mais pessoas, o chamado estupro coletivo.
Atualmente, o Código Penal (Decreto-Lei 2.848/40) estabelece pena de reclusão de 6 a 10 anos para o crime de estupro.
Com a proposta, a pena mínima vai para 8 anos e a máxima para 16 anos e 8 meses quando mais de uma pessoa cometer o crime.
A proposta também aumenta a pena para o estupro de vulnerável, ou seja, pessoa menor de 14 anos. A pena mínima sobe de 8 anos para 10 anos e 8 meses; e a máxima de 15 anos para 25 anos de reclusão.
O projeto foi aprovado no Senado depois da comoção nacional causada pela divulgação de vídeos do estupro de uma jovem no Rio de Janeiro, em maio de 2015.
Traumas
Segundo Grazziotin, os estupros coletivos são cada vez mais corriqueiros no Brasil. “Esse tipo de crime causa extrema repugnância, a própria dignidade da mulher é atingida, causando, na maior parte das vezes, traumas irreversíveis”, disse.
A senadora amazonense citou casos de 2015. Um ocorrido no Piauí, em que quatro adolescentes foram vítimas desse crime e uma dela morreu em razão das agressões, e outros três casos no Rio Grande do Norte. “Não se pode mais tolerar tamanha brutalidade. É preciso punir, de maneira diferenciada e exemplar, os responsáveis por esses delitos”, afirmou Grazziotin.
A transmissão de imagens e vídeos de estupro pela internet também é tipificada como crime punido com dois a cinco anos de prisão, segundo a proposta.
Tramitação
A proposta tramita em caráter conclusivo e será analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania.

quinta-feira, 16 de fevereiro de 2017

Papa Francisco: A guerra começa no coração e Deus pedirá contas a todos

Papa na Missa. Foto: L’Osservatore Romano

VATICANO, 16 Fev. 17 / 10:00 am (ACI).- O Papa Francisco focou a homilia da Missa de hoje na Casa Santa Marta na guerra, que não acontece só entre poderosos e países, mas que começa no coração de cada um, nas famílias ou no trabalho. Ele assegurou que Deus pedirá contas a todos os homens.
“A guerra começa no coração do homem, começa nas casas, nas famílias, entre amigos, e depois vai além, a todo o mundo”, explicou.
“A Palavra do Senhor é clara: ‘pedirei contas do vosso sangue, que é vida, a qualquer animal. E ao homem pedirei contas da vida do homem, seu irmão’. Também a nós, que parecemos estar em paz aqui, o Senhor pedirá contas do sangue dos nossos irmãos e irmãs que sofrem a guerra”.
O Pontífice comentou o significado de três símbolos que aparecem na leitura do Gênesis na qual se narra como Noé libera a pomba depois do dilúvio. “É o sinal do que Deus queria depois do dilúvio: paz, que todos os homens estivessem em paz”, afirmou.
“A pomba e o arco-íris são frágeis. O arco-íris é bonito depois da tempestade, mas logo vem uma nuvem e desaparece”, assegurou Francisco para recordar que há alguns anos, durante um Ângelus, uma gaivota matou duas pombas que soltou junto com duas crianças da janela do Palácio Apostólico.
“A aliança que Deus faz é forte, mas como nós a recebemos e a aceitamos é com fraqueza. Deus faz a paz conosco, mas não é fácil preservá-la”, assinalou.
“É um trabalho de todos os dias, porque dentro de nós ainda existe aquela semente, aquele pecado original, o espírito de Caim que por inveja, ciúme, cobiça e desejo de dominação faz a guerra”.
O Santo Padre seguiu comentando as leituras do dia e afirmou que “somos custódios dos irmãos e quando há derramamento de sangue, há pecado e Deus nos pedirá contas”.
“Hoje no mundo há derramamento de sangue. Hoje o mundo está em guerra. Muitos irmãos e irmãs morrem, inclusive inocentes, porque os grandes e os poderosos querem um pedaço a mais de terra, querem um pouco mais de poder ou querem ter um pouco mais de lucro com o tráfico de armas”.
“Como proteger a pomba? O que faço para que o arco-íris seja sempre um guia? O que faço para que não seja mais derramado sangue no mundo?”, perguntou-se.
Francisco explicou que a oração pela paz “não é uma formalidade, o trabalho pela paz não é uma formalidade”. “A guerra começa no coração do homem, começa nas casas, nas famílias, entre amigos, e depois vai além, a todo o mundo”.
“O que faço, eu, quanto sinto no meu coração ‘algo que quer destruir a paz’?”, perguntou.
“A guerra começa aqui e termina lá. Vemos as notícias nos jornais e na TV... Hoje, muita gente morre e a semente de guerra que gera inveja, provoca ciúmes, a cobiça no meu coração é a mesma coisa do que a bomba que cai num hospital, numa escola, matando crianças. É o mesmo”.
“A declaração de guerra começa aqui, em cada um de nós. Por isso, pergunto: ‘Como custodiar a paz em meu coração, em meu intimo, na minha família?’”, questionou. “Custodiar a paz, mas não só: fazê-la com as mãos, todos os dias. E assim conseguiremos fazê-la no mundo inteiro”.
O Papa continuou: “O sangue de Cristo é o que faz a paz, mas não o sangue que eu faço com o meu irmão” ou “o que fazem os traficantes de armas ou os poderosos da terra nas grandes guerras”.
“Recordo quando começou a tocar o alarme dos Bombeiros, depois nos jornais e na cidade... Isto se fazia para atrair a atenção para ou fato ou uma tragédia, ou outra coisa. E logo ouvi a vizinha de casa chamar minha mãe: ‘Senhora Regina, venha, venha!’ E minha mãe saiu, assustada: ‘O que aconteceu?’ E a mulher, do outro lado do jardim, disse: ‘A guerra acabou!’, chorando”, disse sobre lembranças de sua infância.
“Que o Senhor nos dê a graça de poder dizer: ‘Terminou a guerra’ e chorando. ‘Acabou a guerra no meu coração, acabou a guerra na minha família, acabou a guerra no meu bairro, acabou a guerra no meu trabalho, acabou a guerra no mundo’. Assim serão mais fortes a pomba, o arco-íris e a aliança”, concluiu.
Leitura comentada pelo Papa
Gênesis 9,1-13
1Deus abençoou Noé e seus filhos, dizendo-lhes: “Sede fecundos, multiplicai-vos e enchei a terra. 2Vós sereis objeto de medo e terror para todos os animais da terra, todas as aves do céu, tudo o que se move sobre a terra e todos os peixes do mar: eis que os entrego todos em vossas mãos. 3Tudo o que vive e se move vos servirá de alimento. Entrego-vos tudo, como já vos dei os vegetais.
4Contudo, não deveis comer carne com sangue, que é sua vida. 5Da mesma forma, pedirei contas do vosso sangue, que é vida, a qualquer animal. E ao homem pedirei contas da vida do homem, seu irmão. 6Quem derramar sangue humano, por mãos de homem terá seu sangue derramado, porque o homem foi feito à imagem de Deus. 7Quanto a vós, sede fecundos e multiplicai-vos, enchei a terra e dominai-a”.
8Disse Deus a Noé e a seus filhos: 9“Eis que vou estabelecer minha aliança convosco e com vossa descendência, 10com todos os seres vivos que estão convosco: aves, animais domésticos e selvagens, enfim, com todos os animais da terra, que saíram convosco da arca.
11Estabeleço convosco a minha aliança: nenhuma criatura será mais exterminada pelas águas do dilúvio, e não haverá mais dilúvio para devastar a terra”. 12E Deus disse: “Este é o sinal da aliança que coloco entre mim e vós, e todos os seres vivos que estão convosco, por todas as gerações futuras. 13Ponho meu arco nas nuvens como sinal de aliança entre mim e a terra.
Por Álvaro de Juana


segunda-feira, 13 de fevereiro de 2017

BOM DIA

Cecon realiza mais de 80 mamografias no acre em um único dia

A procura pelo exame foi grande (Foto: Junior Aguiar/Sesacre)
Mais de 80 mulheres acima de 50 anos fizeram pela primeira vez o exame de mamografia na última terça-feira, 7, no Centro de Controle Oncológico do Acre (Cecon). Neste dia, o atendimento foi em caráter especial, sem agendamento, em comemoração ao Dia Nacional da Mamografia (5 de fevereiro).
A gerente da unidade, Priscila Murad, disse que a procura pelo exame foi muito grande. “Mais de 200 mulheres procuraram atendimento. Como não foi possível atender a todas, a equipe fez agendamento para os dias seguintes. Superou as nossas expectativas, pois como foi a primeira vez que fizemos uma ação em livre demanda, não tínhamos  ideia de como seria a procura”, afirmou Priscila.
Em dias normais, são realizados 40 exames. Ainda segundo a gerente, como o resultado foi positivo, outra ação do tipo está sendo programa para o dia 8 de março, quando é comemorado o Dia da Mulher.
O atendimento no Cecon para realização do exame de mamografia é feito por meio de encaminhamento e agendamento prévio nas unidades básicas de saúde.
A mamografia é um exame que possibilita identificação do câncer de mama. A orientação do Ministério da Saúde (MS) é para que todas as mulheres na faixa etária de 50 a 69 anos tenham acesso ao procedimento, uma vez ao ano.
Por Álefe Souza

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2017

TARAUACÁ: MENOR ATIRA E MATA O PAI QUE A ESTUPRAVA HÁ 2 ANOS.


Garota de 14 anos sendo conduzida pela PM acusada de assassinar o pai 
Na manhã desta quarta feira (8), Policiais Militares foram acionados para se dirigirem até a Colônia São José, localizada no Ramal do Cachoeira no Município de Tarauacá, em razão de um homicídio que teria acontecido na noite desta terça feira, 7 de fevereiro.   

Augusto Moraes da Silva, 34 anos foi morto com um tiro de espingarda que teria sido disparado pela sua própria filha M.E.A.S. de apenas 14 anos de idade. 

Ao chegarem no local, depois de andarem por volta de 1 hora no ramal cheio de lama em um quadricíclo, os policiais encontrara a filha e a mãe Maria José Alves de Souza, 45 anos em casa. 

Para os policiais que atenderam a ocorrência, a menor confessou que atirou no próprio pai porque já não aguentava mais ser abusada sexualmente pelo mesmo, o que vinha acontecendo regularmente desde que a garota tinha 12 anos.

Ela contou que na noite de ontem seus pais começara a consumir bebida alcoólica e por volta das 23 horas, quando sua mãe já estava dormindo, seu pai pegou uma faca tipo peixeira e foi até onde ela estava e sob ameaça de matá-la e matar todos da casa, como fazia todas as vezes, mesmo ela tentando resistir, a estuprou novamente. No momento sua mãe acordou e travou uma luta corporal com o marido. Foi aí que a garota pegou a espingarda atirou no pai.

As duas foram conduzidas até a delegacia, bem como a arma usada no crime e o caso será está entregue ao Delegado José Obetânio.

O Delegado José Obetânio diz que a polícia irá fazer os procedimentos que são de sua competência, porém pelo que já apurou a garota cometeu o crime em legítima defesa da honra. "A garota será ouvida, vamos lavrar o procedimento que é o dever da policia. Já pedi o exame de conjunção carnal, avisarei ao Conselho Tutelar, mas, posso adiantar que pelo que apurei a mesma cometeu o crime em legítima defesa de sua honra", disse Obetânio.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

Contos Infantis Yawanawa são lançados em livro



Laura e Tashka Yawanawa documentaram os contos da Aldeia Mutum
 da Terra Indígena do Rio Gregório (Foto: Angela Peres/Secom)

Dada a inexistência de documentos que retratem e reafirmem a identidade cultural de Povo Yawanawá, as mensagens ou testemunhos são transmitidos em forma de discursos, canções, cânticos, contos e outras formas de expressão verbal.
Com o objetivo de documentar essa tradição oral, a liderança da Aldeia Mutum da Terra Indígena do Rio Gregório, Tashka Peshaho Yawanawá, lançou o livro Vakehu Shenipahu – Contos Infantis Yawanawa, na sexta, 3, no It Café.
Com a colaboração de sua mulher, Laura, a publicação foi escrita em duas línguas – português e yawanawá – e traz, nas 84 páginas, sete contos repassados à tribo pelo pajé Tatá, que faleceu no fim de 2016, aos 103 anos de idade.
“Nesta publicação apresentamos a cosmologia da criança yawanawá, o modo de viver em harmonia com a floresta, os incentivos para ser um forte guerreiro, sem ter medo de um relâmpago, raio, dos animais selvagens. Ou seja, os contos inspiram as crianças a respeitar o meio ambiente, a cuidar da natureza”, relata Tashka.
O autor destaca que o processo de produção foi composto de diálogos com o pajé, registrados em áudios e posteriormente foi produzida uma oficina com crianças das aldeias, que produziram as ilustrações do livro.
“Transcrevi as histórias nas duas línguas para retratar um pouco da nossa educação infantil. Agora é um privilégio ler e oferecer esses contos para as crianças que estão fora da aldeia”, ressalta Tashka.
Crianças da aldeia produziram as ilustrações do livro (Foto: Angela Peres)
O chefe-geral da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária no Acre (Embrapa/AC), Eufran Amaral, compareceu ao lançamento do livro em Rio Branco, e comentou que a obra apresenta como o homem pode viver em harmonia com a natureza.
“Uma oportunidade de conhecermos a riqueza da cultura Yawanawá e entendermos como se transmite os ensinamentos por meio da contação de história. Assim podemos apreender e contribuir na construção de um mundo sustentável”, avalia Eufran Amaral.
O deputado federal Moisés Diniz anunciou que articulará para que a publicação seja lançada em Brasília, alcançando divulgação em todo o país.
“Há três décadas, trabalhei diretamente com o movimento indígena, contra o qual havia uma profunda discriminação e preconceito. É muita honra para mim e para o povo acreano poder conferir este registro, que narra uma das nossas identidades culturais” disse.
A publicação teve o patrocínio da entidade não governamental norte-americana Forest Trends, em parceria com a Associação Sociocultural Yawanawa e pode ser adquirida nas livrarias de Rio Branco.
Por André Araújo

BOM DIA

Paz Imagem 9

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2017

Banda Mirim da Polícia Militar: a música como ferramenta de transformação social

Projeto atende 100 crianças de diversos bairros de Rio Branco (Foto: Angela Peres/Secom)

“Antes de entrar no projeto, eu era muito indisciplinado, não obedecia a meus pais, era irresponsável. Agora, que vim pra cá, eu passei a obedecer meus pais. Tanto que meu pai veio aqui e comentou que melhorei meu comportamento em casa. Hoje eu vejo a banda mirim como meu futuro, agora eu penso em fazer faculdade de música e ser músico da PM.”
O depoimento é de Wellington Milón, de 14 anos, que toca trompete na Banda Mirim da Polícia Militar do Acre. Assim como ele, outros 99 meninos e meninas, com idades entre oito e 16 anos, participam do projeto social “Semeando Arte na Comunidade” da PMAC, que atende crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade.
Na quadra do quartel da PMAC, em dias de ensaio, as armas dos policiais dão lugar aos instrumentos musicais. Sessenta crianças aprendem instrumentos de sopro e percussão, 20 tocam violão e 20 fazem canto coral.
O projeto existe há dois anos, e após uma pausa foi retomado em agosto de 2016. A primeira apresentação do grupo foi nas festividades de 7 de Setembro. Depois disso, já se apresentaram outras 11 vezes em escolas públicas e no shopping da cidade no período natalino. Os ensaios são realizados de segunda a sexta-feira, na sede do quartel da PMAC.
Os professores e instrutores atuam no projeto de forma voluntária. São cinco policiais militares, que doam tempo e compartilham experiências, o que gera uma aproximação da PM com a juventude dos bairros rio-branquenses.
Nas aulas se aprendem teoria musical, expressão rítmica, canto coral, técnica instrumental, prática de banda e ordem unida, e o mais importante, segundo o capitão Djair Vasconcelos, coordenador do projeto: valores como disciplina, ética e respeito ao próximo.
“Estamos formando músicos, mas também pessoas de bem. Aqui fazemos todo um trabalho de orientação de cidadania, prevenção à prática de atos ilícitos e afastamento do mundo das drogas. O que plantamos hoje virá em forma de uma sociedade mais justa e uma juventude consciente, longe da criminalidade”, disse o capitão.
                     
O projeto ensina, além da música, valores éticos, morais e disciplina (Foto: Angela Peres/Secom)
Para este ano, as inscrições no projeto estão encerradas, mas, segundo a coordenação, existe uma lista de espera, e em caso de desistência outros alunos são selecionados.
Claudia Dias garantiu a vaga da filha e de dois sobrinhos e faz questão de acompanhar o desempenho deles no projeto.
“A banda mirim faz parte da minha vida. Eu tenho uma filha de 14 anos que está no projeto desde o início. Tenho dois sobrinhos que também fazem parte e tiveram uma melhora significativa no comportamento deles, aumentaram o interesse pela música, isso tudo fez com que eles evoluíssem na escola, o que nos deixa muito felizes. Nós, que somos mães, sabemos o quanto isso é importante”, disse Claudia.
Serviço – A Banda Mirim aceita doações de instrumentos novos ou usados. Quem estiver interessado em ajudar pode entrar em contato pelo telefone 9-9992-3805.
Por Ludmilla Santos

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2017

Em reação ao machismo, time de futebol dá ingressos para mulheres

Lille oferece ingressos gratuitos para meninas em resposta a bandeiras misóginas exibidas pela torcida do Lyon durante a última partida da equipe


BOM DIA

Abra seu dia com Felicidade!