sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Caixa realiza Processo Seletivo para formar cadastro reserva de Estagiários



Novos Estagiários serão credenciados por meio do Processo Seletivo anunciado recentemente pela Caixa.
Caixa realiza Processo Seletivo para formar cadastro reserva de Estagiários
Há oportunidades para estudantes de nível Médio, de Cursos Técnicos Integrados ao Ensino Médio de Administração, Finanças, Secretariado, Informática e Segurança do Trabalho, e Educação de Jovens e Adultos (EJA), que atenderem aos demais requisitos exigidos no edital, dentre eles, ter idade mínima de 16 anos, além de matrícula e frequência efetiva em instituições de ensino.
A remuneração paga aos novos estagiários pode ser de R$ 400,00 ou R$ 500,00, com auxílio transporte de R$ 130,00, e a jornada de trabalho é de 4h ou 5 horas diárias. Além disso, o estudante selecionado terá direito a seguro contra acidentes pessoais conforme previsto na lei 11.788/2008.
Serão contratados profissionais para atuarem nas cidades distribuídas entre os Estados de São Paulo, Pará, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina, Ceará, Goiás, Pernambuco, Rio de Janeiro, Bahia, Espírito Santo, Amazonas, Acre, Rio Grande do Sul, Amapá, Rondônia, Rorâima, Alagoas, Maranhão, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Norte, Sergipe, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e no Distrito Federal .
As inscrições devem ser realizadas no site www.ciee.org.br, até às 23h59 do dia 3 de março de 2016, considerando o horário oficial de Brasília - DF.
A classificação dos inscritos ocorre por meio de Prova online, que deve ser realizada no site já mencionado, dentro do prazo das inscrições. Posteriormente haverá uma Entrevista Pessoal Estruturada, onde serão avaliados conhecimentos, potencialidades, interesse, iniciativa e motivação do candidato.
Esta seleção tem validade de seis meses, com possibilidade de prorrogação por igual período. Veja outros detalhes no edital de abertura completo em nosso site.
Jornalista: Ynaiê Botelho

https://www.pciconcursos.com.br/noticias/caixa-realiza-processo-seletivo-para-formar-cadastro-reserva-de-estagiarios

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Brasil comemora 84 anos da conquista do voto feminino

voto
                                       (Imagem: Senado Federal)
Nesta quarta-feira, 24, o Brasil comemora 84 anos da conquista do voto feminino. Foi em 1932, por meio do decreto 21.076 do Código Eleitoral Provisório, após intensa campanha nacional, que as mulheres conseguiram o direito de escolher seus representantes.
Com a consolidação da participação feminina nas eleições, a mulher passou a conquistar cada vez mais seu espaço no cenário político brasileiro. Hoje, há mulheres em todos os cargos eletivos.
Além da Presidência da República, no Acre sua população é representada por uma vice-governadora, uma deputada federal e três deputadas estaduais.
O governo do Estado, por meio da Secretaria Estadual de Política para as Mulheres (SEPMulheres), realiza um trabalho permanente de empoderamento da classe feminina, com o objetivo de inseri-las, cada vez mais, no meio político.
“Trabalhamos para capacitar nossas mulheres, para torná-las qualificadas para o papel de parlamentar. Precisamos de lideranças conscientes do seu papel na política. Nossas mulheres precisam lutar pela garantia da igualdade de gênero e racial, e ter compromisso com a sociedade e propostas que condizem com a atual realidade brasileira”, comentou Concita Maia, secretária Estadual de Política para as Mulheres.
No dia 31 de março deste ano, a SEPMulheres, em parceria com a Universidade Federal Fluminense (UFF), com o apoio do governo federal, por meio da Secretaria Nacional de Política para as Mulheres, vai realizar o seminário “Mais Mulheres no Poder”, com o objetivo de reunir e qualificar lideranças que tenham potencial para assumir cargos políticos em todo o Acre, independentemente de partido político.
 http://www.agencia.ac.gov.br/

Nota do CNDM: Nenhum passo atrás!

Resultado de imagem para Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM)

Brasília, 19 de fevereiro de 2016 - Foi com perplexidade que recebemos a notícia da aprovação, pelo Plenário da Câmara Federal, no dia 18 de fevereiro de 2016, de dois destaques ao texto-base da Medida Provisória 696/15. O primeiro retira a expressão “perspectiva de gênero” como uma das atribuições do recém-criado Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos, e o segundo, propõe que a política nacional de direitos humanos seja feita em conformidade com o Pacto de São José da Costa Rica, numa contundente afronta as mulheres brasileiras e na contramão de todos os compromissos internacionais como, por exemplo, os Objetivos de Desenvolvimento do Sustentável (ODS) estabelecidos recentemente pela Organização das Nações Unidas (ONU), com o apoio do governo do Brasil.
O conceito de gênero é um instrumento teórico fundamental para compreender a forma em que a sociedade traduz as diferenças biológicas de sexo em papéis sociais e expectativas de comportamento. Só com a incorporação desse conceito é possível interpretar as grandes modificações ocorridas no papel social e no comportamento de mulheres e homens ao longo da história.
Vale ressaltar, mais uma vez, que a perspectiva de gênero, integra diferentes acordos internacionais e regionais no campo dos direitos das mulheres, a exemplo da Declaração e Plataforma de Ação da IV Conferência Mundial sobre a Mulher (Beijing, 1995), fazendo parte, portanto, dos compromissos assumidos internacionalmente pelo Estado brasileiro.
A incorporação da perspectiva de gênero nas políticas públicas é também um compromisso nacional: está prevista nos Princípios e Diretrizes da Política Nacional para as Mulheres que orienta o Plano Nacional de Políticas para as Mulheres, aprovadas e reafirmadas nas três Conferências Nacionais de Políticas para as Mulheres, realizadas no Brasil e que contou com mais de 600.000 mil mulheres participando desses processos.
O Plano Nacional de Políticas para as Mulheres (PNPM) é um marco no processo de consolidação e amadurecimento das políticas para as mulheres no Brasil. Fruto de diálogo permanente entre governo e sociedade civil. Esse instrumento reforça o princípio de que em um Estado plenamente democrático a condição da participação social, sobretudo das mulheres, é constitutiva de todas as fases do ciclo das políticas públicas.
As práticas patriarcais seculares enraizadas nas relações sociais e nas diversas institucionalidades do Estado devem ser combatidas no cotidiano de maneira permanente. A busca pela igualdade e o enfrentamento das desigualdades de gênero fazem parte da história social brasileira.
Até quando avanços na legislação e na efetivação das políticas de proteção aos direitos humanos, promoção da igualdade de gênero e racial, superação da violência, promoção da saúde integral e exercício dos direitos reprodutivos e sexuais das mulheres serão bloqueadas e vilipendiadas pelos conservadores e fundamentalistas religiosos? Aceitar esses destaques é reforçar a ideologia patriarcal, racista e transfóbica e negar a luta histórica das mulheres por autonomia e liberdade.
Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM), presente há 30 anos nesse processo de luta, torna sua as palavras proferidas pela Presidenta Dilma Rousseff na abertura da 3ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres: “Eu tenho o compromisso inabalável – e reafirmo aqui – de aprofundar as políticas de igualdade de gênero no nosso país”.

Conselho Nacional dos Direitos da Mulher (CNDM) 

Nota pública da ONU Mulheres sobre a perspectiva de gênero como condição para a garantia de direitos das mulheres brasileiras

Resultado de imagem para Nadine Gasman Representante da ONU Mulheres Brasil

A ONU Mulheres Brasil observa com extrema preocupação as propostas de mudanças na legislação brasileira que depõem contra os direitos das mulheres, conquistados no Brasil e consagrados no acarbouço internacional. No momento em que os Estados-membros das Nações Unidas iniciaram a implementação da Agenda 2030, que inclui o conjunto de 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 2030 – onde 12 transversalizam a perspectiva de gênero – é notório o teor retrógrado que tais propostas legislativas posicionam o Parlamento brasileiro, dissociando-se dos esforços mundiais para eliminar todas as formas de discriminação.
A ONU Mulheres rechaça a tentativa de retirada da atribuição da perspectiva de gênero da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres (SEPM) do Ministério das Mulheres, Igualdade Racial, Juventude e Direitos Humanos devido à estrutural desigualdade de gênero existente na sociedade brasileira, que vulnerabiliza a vida de 51% da população brasileira formada por mulheres. A SEPM é reconhecida por sua liderança no avanço dos direitos das mulheres nas Américas e na formulação de políticas de empoderamento das mulheres, em curso desde a sua criação, em 2003, no governo brasileiro.
Por fim, alertamos que a paridade de gênero é um dos princípios para as transformações urgentes e concretas que a humanidade necessita, instaurando a equidade como valor máximo para as relações humanas, políticas, econômicas e sociais, a exemplo do que propõe a iniciativa global “Por um planeta 50-50 em 2030: um passo decisivo pela igualdade de gênero”, liderada pela ONU Mulheres.

Nadine Gasman
Representante da ONU Mulheres Brasil

Des. Paschoal traça metas para a Coordenadoria da Mulher (TJMS )

Desde o final de janeiro, o vice-presidente do TJMS, Des. Paschoal Carmello Leandro, está respondendo pela Coordenadoria Estadual da Mulher em situação de Violência Doméstica e Familiar em MS. A designação foi publicada no Diário da Justiça de 26 de janeiro e ele ocupa a vaga deixada, a pedido, pelo Des. Ruy Celso Barbosa Florence, que estava no cargo desde o início de 2012.
Des. Paschoal Carmello Leandro assume a Coordenadoria Estadual da Mulher em situação de Violência Doméstica e Familiar (Foto: TJMS)
Des. Paschoal Carmello Leandro assume a Coordenadoria Estadual da
 Mulher em situação de Violência Doméstica e Familiar (Foto: TJMS)

Criada pelo Provimento nº 244/11 para atender a Resolução nº 128 do Conselho Nacional de Justiça, a Coordenadoria é um órgão de assessoria à Presidência do TJMS e suas atribuições são relativas à gestão de políticas, ações e mecanismos de atendimento à mulher no combate e prevenção à violência doméstica e familiar.
À frente de diversas ações que estão sendo preparadas para mobilizar a sociedade na campanha Justiça pela Paz em Casa, a ser realizada de 7 a 11 de março, em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, o Des. Paschoal já está trabalhando em um plano de metas a ser cumpridas em sua gestão na Coordenadoria.
“Mesmo com o excelente trabalho realizado pelo Des. Ruy Celso, há muito a ser feito, já que cabe à Coordenadoria estabelecer diretrizes de planejamento, supervisão e orientação a todos os juízos competentes para o conhecimento das causas relativas à Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher nas 53 comarcas de MS”, apontou.
Para Paschoal, ações como campanhas, mobilizações, panfletagem, teatro em locais de grande circulação e prestação jurisdicional eficiente e eficaz nas varas com competência para esses casos auxiliam e muito a alertar as mulheres vítimas de violência a denunciar os maus tratos sofridos.
“Nossa intenção é manter a qualidade dos serviços prestados às mulheres vítimas de violência e possibilitar mais mecanismos que as façam sentir-se seguras, diante de tão triste realidade em que vivem. A Coordenadoria esteve sempre engajada e permanecerá buscando meios de ajudar a população. Esse é o nosso objetivo e nossa razão de existir”, concluiu.
Antecessor – Desde a publicação da Lei Federal nº 11.340, denominada Lei Maria da Penha, em agosto de 2006, o Des. Ruy Celso Barbosa Florence sempre esteve envolvido com a divulgação e correta aplicação dessa legislação no MS e no Brasil.
Finalizando os seus trabalhos à frente da Coordenadoria, ele falou sobre os maiores desafios que encontrou. “Os desafios foram muitos, e alguns bastante interessantes. Em novembro de 2012, quando ainda organizávamos os trabalhos da Coordenadoria, tivemos que responder a uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Congresso Nacional, que esteve em MS investigando a questão da violência contra a mulher no estado, efetuando diligência em todos os órgãos de atendimento à mulher em situação de violência”.
O Tribunal de Justiça foi um dos órgãos convocados a prestar contas à CPMI sobre seu trabalho em relação ao tema e, de acordo com Ruy Celso, foi um momento de certa tensão, já que a Coordenadoria da Mulher do TJMS estava ainda sendo estruturada.
“No final, saímo-nos bem, pois à época havia um orçamento destacado para a Coordenadoria dentro do orçamento geral do TJMS, um plano claro de trabalho e diversos servidores da Escola Judicial nomeados como voluntários para atender à Coordenadoria. Com isso conseguimos demonstrar ao menos a boa vontade do Tribunal em relação à causa. Ao final dos trabalhos da CPMI, recebemos elogios, mas também diversas recomendações que constaram do relatório publicado pelo Congresso Nacional e encaminhado ao CNJ”.
Outro grande desafio, ainda não superado, no entender do desembargador, é o preconceito em relação à matéria. “Por incrível que pareça, em pleno século XXI as pessoas ainda estão mais preocupadas com o patrimônio e outras coisas menores do que com a dignidade e integridade física e moral da mulher. Muitos se escandalizam com a notícia de uma tentativa de furto de uma bicicleta ou alguém que é encontrado com um punhadinho de maconha, e não dão quase nenhuma importância a uma violência contra a mulher”.
Para Ruy Celso, a sociedade de um modo geral sofre de uma terrível crise de valores, e isso prejudica muito a visão das pessoas sobre as questões essenciais da humanidade, por isso a relevância da divulgação de temas como o da violência de gênero por meio de entrevistas, debates, palestras, cursos e outros.
Questionado sobre quais foram as mais importantes vitórias, respondeu que a mais importante é ter sobrevivido ao preconceito. “Estou me afastando da Coordenação, não apenas por questões particulares, mas principalmente por acreditar que a renovação oxigenará a causa. Esta causa sempre deverá estar acima de nomes ou pessoas”.
Entre as muitas as vitórias, ele citou a instalação das 2ª e 3ª Varas de Violência Doméstica na capital – a última voltada exclusivamente para a análise de medidas protetivas e execução de penas relacionadas à violência doméstica.
“Claro que essas varas foram criadas por obra e graça dos administradores do Tribunal de Justiça, mas tivemos a oportunidade de requerer, sugerir e opinar em todas essas ações. Nesse período, integramos a Rede Estadual de Combate a Violência contra as mulheres, participamos de inúmeras ações, proferimos palestras no estado e em outras unidades da federação. Sediamos em Campo Grande no ano de 2014 o VI Fórum Nacional dos Juízes de Violência Doméstica e Familiar – FONAVID, com grande sucesso”.
Importante destacar a instalação da Casa da Mulher Brasileira em Campo Grande, a primeira do gênero no Brasil. “Nesse ponto a participação do Tribunal de Justiça, especialmente na gestão do Des. João Maria Lós, foi decisiva. Não tivesse sido criada a Vara de Medidas Protetivas e instalada na referida casa, ela não teria metade do desempenho do que tem hoje. Explico, sem a nova vara não teriam ido para lá o Ministério Público e a Defensoria Pública. Por sua vez, o trabalho da Delegacia da Mulher sofreria prejuízos”.
Depois de tanto tempo envolvido com questões desse tema, como vê a realidade de MS nessa área? “Mato Grosso do Sul avançou muito em sua Rede de Proteção às mulheres vítimas de violência doméstica e familiar desde o surgimento da Lei Maria da Penha. Houve um empenho muito grande de todos os poderes constituídos e órgãos participantes da Rede, desde o Executivo, Legislativo, Judiciário, Defensoria Pública, Ministério Público, órgãos de saúde, segurança pública, enfim, todos aqueles que de uma forma ou de outra participaram das ações em favor das mulheres”.
Será que as mulheres estão mais abertas às denúncias? Ruy Celso entende que sim. “Bem mais abertas. Não no ponto desejado, pois muitas ainda se sentem diminuídas, reprimidas e amedrontadas. Existem casos especiais, e não são poucas, que a violência sofrida por muito tempo acarreta um estado depressivo na vítima, dificultando sua reação e denúncia do agressor. Especialmente para casos assim que são incentivadas as denúncias por vizinhos e parentes, o que nem sempre a própria sociedade entende, por acreditar na falsa premissa de que em briga de marido e mulher não se deve meter a colher”.
Ao concluir, o desembargador ressalta: “De um modo geral as mulheres estão bem mais conscientes e confiantes, denunciando seus algozes e impondo-se como ser humano que merece, acima de tudo, respeito e consideração”.

Recorte racial é tema de trabalhos científicos no Acre

As defesas dos TCCs foram realizadas
 no último fim de semana (Foto: Cedida)

A 3ª edição da pós-graduação em Gestão de Políticas Públicas com ênfase em Gênero, Raça e Etnias no Acre encerrou com a apresentação de 23 Trabalhos de Conclusão de Curso (TCC). A temática de recorte racial tem o foco em negros e indígenas.
As defesas foram realizadas no último sábado, 20, no Centro de Formação Permanente (Cedup) de Rio Branco. De acordo com a coordenadora Nilzete Melo, o curso tornou-se referência na discussão da temática: “Os acreanos têm proximidade com esse debate, e a procura tem sido sempre muito expressiva”, destacou.
Fábio Carvalho é autor do trabalho intitulado “(Des)enterrem Meu Coração na Curva do Rio Acre: Contribuições da Comissão Pró-Índio do Acre para o Desenvolvimento de Políticas Públicas Voltadas para a Educação Indígena no Estado”. Para Carvalho, a especialização é uma vitória pessoal: “Ainda é um assunto que muitos falam a respeito, mas há muitas perguntas sem respostas”.
Segundo a coordenadora, grande parte dos concludentes é de agentes públicos: “Apesar de ser aberto para toda a comunidade, notamos que a maioria dos formandos atua principalmente nas áreas da segurança, assistência e educação”, explicou Melo.
Com essa edição, Rio Branco passa a ter mais de 100 especialistas nessa área. A especialização é resultado da parceria da Secretaria de Estado de Educação e Esporte (SEE) com a Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), por meio do sistema Universidade Aberta do Brasil (UAB).

Tráfico humano atinge 124 países, alerta ONU; ‘Nenhuma região está imune’, diz Ban Ki-moon

Nações Unidas pediram parcerias globais reforçadas para combater tráfico de seres humanos. Atualmente, mais de 60 milhões de mulheres, crianças e homens estão fugindo de conflitos ou da pobreza, o que aumenta risco para potenciais vítimas
Tráfico humano atinge 124 países, alerta ONU; ‘Nenhuma região está imune’, diz Ban Ki moon/
Vítimas do tŕafico humano são de 152 nacionalidades e espalham-se por 124 países
Foto: Flickr/Chris Beckett

Enquanto o mundo tem claramente a vontade política e as ferramentas legais para deter traficantes de seres humanos e suas redes criminosas, uma cooperação internacional mais significativa e financiamento adequado são necessários para que sejam tomadas medidas eficazes, afirmaram funcionários das Nações Unidas. Vítimas deste tipo de crime são de 152 nacionalidades e espalham-se por 124 países, informou a ONU.
“Nenhuma região está imune”, disse o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, em comunicado assinado juntamente com o presidente da Assembleia Geral e o chefe da agência da ONU que trata do tema, o UNODC [Escritório da ONU sobre Drogas e Crime], em um evento de alto nível na sede da ONU em Nova York no último dia 9 de fevereiro.
Ban Ki-moon destacou a importância de reforçar as parcerias e a coordenação nos esforços para acabar com o sofrimento de todas as vítimas de tráfico, incluindo aquelas submetidas à escravidão, servidão e trabalho forçado, entre outras formas de exploração. “Com parcerias sólidas e uma abordagem clara, podemos garantir que os criminosos sejam levados à justiça”, disse ele.
Atualmente, mais de 60 milhões de mulheres, crianças e homens estão fugindo de conflitos, escapando das guerras ou procuram uma vida melhor, disse o chefe da ONU, observando que muitos estão sendo coagidos à exploração durante a sua viagem, e milhares estão morrendo no mar e em terra, no mãos dos contrabandistas. Um número imenso é de mulheres e crianças, acrescentou.
O secretário-geral lembrou que o Serviço Europeu de Polícia (Europol) anunciou recentemente que cerca de 10 mil crianças vulneráveis que viajam para a Europa simplesmente desapareceram. “Algumas podem estar se escondendo [por medo]. Outras são mantidas na escuridão”, destacou.
“A promoção dos direitos humanos é central para a nossa estratégia”, disse Ban, exortando todos os Estados-membros a ratificar e aplicar integralmente a Convenção das Nações Unidas contra o Crime Organizado Transnacional e seus protocolos, a Convenção sobre a Eliminação de Todas as Formas de Discriminação contra as Mulheres e a Convenção sobre os Direitos da Criança.
Ele também pediu apoio para o Fundo Voluntário das Nações Unidas para as Vítimas de Tráfico de Pessoas e para o Fundo Voluntário das Nações Unidas sobre Formas Contemporâneas de Escravidão.
Recordando que a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável promete “sociedades mais pacíficas. justas e inclusivas livres do medo e da violência”, Ban Ki-moon exortou a comunidade internacional a trabalhar unida para um mundo de respeito universal pela igualdade e a não discriminação; um mundo onde os direitos de todos, independentemente da sua origem nacional e social, possam ser protegidos, respeitados e cumpridos.

Secretarias se reúnem para alinhar projeto que beneficia mulheres rurais

As ações integradas do projeto vão contemplar trabalhadoras rurais do Acre até 2017 (Foto: Ludmilla Santos/Secom)
As ações integradas do projeto vão contemplar trabalhadoras rurais do Acre até 2017 
(Foto: Ludmilla Santos/Secom)

O governo do Estado, por meio do Setor de Inclusão Socioprodutiva da Secretaria de Políticas para as Mulheres (SEPMulheres), reuniu no último dia 22 o Comitê de Fortalecimento das Ações de Inclusão Produtiva do Estado do Acre para apresentação e alinhamento de informações sobre as ações do projeto de “Fortalecimento da Cidadania e Organização Produtiva das Mulheres Trabalhadoras Rurais do Acre”.
O comitê, formado pela SEPMulheres, Secretaria de Meio Ambiente, Secretaria de Pequenos Negócios, Instituto de Mudanças Climáticas, Secretaria de Desenvolvimento Social, Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, Assessoria Indígena, Secretaria de Planejamento, Emater e Incra, foi constituído por meio do Decreto 3.159, de 13 de agosto de 2015, e tem como principal função o fortalecimento e transversalidade interinstitucional dos projetos que beneficiam as mulheres do campo e garantem o acesso à cidadania e aos direitos econômicos, além de consolidar as organizações produtivas de mulheres rurais, indígenas e assentadas da reforma agrária.
As ações se iniciaram em 2014 e vão até agosto de 2017. Financiado pelo Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA) e executado pela SEPMulheres, o projeto contempla, prioritariamente, mulheres rurais de Assis Brasil, Brasileia, Xapuri, Capixaba, Porto Acre, Santa Rosa do Purus, Jordão, Feijó, Tarauacá, Cruzeiro do Sul, Porto Walter e Marechal Thaumaturgo.

Mulheres são apenas 28% das pesquisadoras em todo o mundo

ONU celebra, pela primeira vez, o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência, no dia 11 de fevereiro. Para a UNESCO, cenário de desigualdade precisa de mudanças profundas para promover a participação das mulheres na ciência
Acesse aqui o relatório sobre mulheres e ciência
Mulheres são apenas 28% das pesquisadoras em todo o mundo/
Participação de mulheres e meninas em atividades de pesquisa deve ser estimulada e 
promovida em todos os níveis, segundo a UNESCO
Foto: WikiCommons (CC) / Argonne National Laboratory / George Joch.

Com o objetivo de promover a igualdade de gênero nas esferas da produção de conhecimento e alertar para exclusões contra o público feminino, a ONU celebrou, pela primeira vez, nesta quinta-feira (11), o Dia Internacional das Mulheres e Meninas na Ciência. A instituição da data foi comemorada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO).
Em relatório recente, a agência da ONU revelou que, no mundo, as mulheres representam apenas 28% do conjunto de pesquisadores. O índice se torna menor conforme é avaliada a participação desse público em posições hierárquicas mais elevadas e atreladas à tomada de decisões. As mulheres também teriam menos acesso a financiamento, redes e cargos de destaque, conjuntura que as coloca em desvantagem para a publicação científica de alto impacto.
Outro estudo das Nações Unidas, conduzido em 14 países, identificou tendências distintas entre homens e mulheres, no que tange à qualificação e formação superiores. Segundo a pesquisa, as probabilidades de uma mulher obter um diploma de bacharel, mestre e doutor em campos relacionados à ciência seriam de, respectivamente, 18%, 8% e 2%. Para os estudantes homens, os valores aumentariam, chegando a 37%, 18% e 6%.
Esse cenário “pede mudanças profundas e duradouras, começando nos primeiros anos através de uma participação aprimorada das mulheres e meninas na educação para a ciência, nas atividades de pesquisa e treinamento em todos os níveis”, afirmou a diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova, que convocou governos e parceiros a redobrar seus esforços para empoderar aquelas que desejarem contribuir para o desenvolvimento científico.
Segundo a dirigente da agência, o acesso do público feminino à Ciência, Tecnologia, Engenharias e Matemáticas “não pode ser vislumbrado quando mulheres e meninas continuam sendo a maioria das crianças fora da escola e dos jovens e adultos analfabetos. Esse abismo apenas lança sociedades inteiras na penumbra, uma vez que nenhum país pode avançar com apenas metade de sua criatividade, de sua energia e de seus sonhos”.
Bokova destacou ainda que a Agenda 2030 só poderá ter suas promessas cumpridas caso investimentos no empoderamento feminino sejam feitos. “A igualdade de gênero é uma prioridade global na UNESCO e a promoção das mulheres e meninas na ciência encontra-se no coração dessa ação [a instituição do Dia Internacional]”, disse.

Movimento Pela Mulher – Vamos todos juntos correr por esta causa!

Está confirmada para 20 março, na região do Ibirapuera, em São Paulo, com largada às sete da manhã, a 2ª edição da Corrida Movimento pela Mulher. Mais do que um acontecimento esportivo e um estímulo à atividade física, a ideia é levar mulheres e homens a refletir e discutir temas como empoderamento, igualdade e justiça e conscientizar a sociedade e o poder público sobre o grave problema social que é a violência contra a mulher.
Pensado para envolver todas as pessoas, independente de gênero, idade, aptidão e nível esportivo, o evento oferece as modalidades corrida (nas distâncias de 5K e 10K) e caminhada (5K). As inscrições estão abertas e podem ser feitas até 16 de março ou término das vagas disponíveis. Parte do valor de cada inscrição será revertida para ONGs e associações parceiras que dedicam suas atividades para o fim da violência contra a mulher e empoderamento feminino, como Instituo Maria da Penha, Associação Artemis, Projeto Vida Corrida, Geledés – Instituto da Mulher Negra e União de Mulheres de São Paulo.
Idealizado pela promotora de justiça Gabriela Manssur em parceria com as atletas Deborah Aquino (Debs) e Paula Narvaez (Corre Paula), esse movimento vem de encontro aos projetos Eles por Elas e Por um Planeta 50/50 em 2030, que visa assegurar a igualdade de direitos entre homens e mulheres. “A igualdade de gênero não é uma luta só das mulheres, mas também dos homens, que podem e devem abraçar a causa. Não dá para falar em sustentabilidade sem abordar temas como qualidade de vida, igualdade de gênero em todos os setores da sociedade e uma vida livre de qualquer tipo de violência para meninas e mulheres”, diz Gabriela.
No ano passado, a corrida reuniu cerca de 2000 participantes em uma grande festa esportiva. A expectativa agora é superar essa marca, mantendo a qualidade do evento. Para isso, além da chancela da organizadora Latin Sports, o kit do corredor será especial: camiseta dry fit laranja (cor que representa a luta da violência contra a mulher), sacola esportiva, canelito, meia personalizada e muitos mimos.
corrida 1

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

Nota da ONU Brasil sobre o vírus zika e os casos de microcefalia no país

O Sistema das Nações Unidas expressa sua total solidariedade com a população e o Governo do Brasil, que estão enfrentando com energia a emergência de saúde pública provocada pela disseminação do vírus zika e pelos casos de microcefalia.
Trata-se de uma emergência de saúde pública que também está ocorrendo em muitos outros países, especialmente nas Américas, que deve ser enfrentada por meio de uma resposta coordenada.
É preciso combater os criadouros do mosquito Aedes aegypti, transmissor do vírus zika e de outras doenças, avançar na detecção de infecções e malformações congênitas, acelerar a disponibilidade de testes de diagnósticos e o desenvolvimento de vacinas, e proteger as pessoas em risco, especialmente as mulheres em idade reprodutiva e durante a gravidez.
O Sistema das Nações Unidas no Brasil saúda o anúncio da Presidenta da República, Dilma Rousseff, na quarta-feira 3 de fevereiro, sobre o engajamento de todos os recursos do Estado brasileiro na luta contra o mosquito Aedes aegypti – no momento atual, a forma mais eficaz de prevenir a proliferação do vírus zika e dos casos de microcefalia possivelmente associados a este.
As agências das Nações Unidas já colaboram com o Governo brasileiro na luta contra o vírus zika, inclusive levando informações à população, por meio das redes sociais, para que as pessoas possam se proteger e ajudar no combate ao mosquito.
As 24 entidades do Sistema das Nações Unidas no Brasil colocam seus recursos à disposição para colaborar com o esforço do Governo e da sociedade brasileira no combate ao vírus zika, até eliminar esta perigosa ameaça contra a saúde pública.
Sistema das Nações Unidas no Brasil
Brasília, 4 de fevereiro de 2016

Projeto de lei visa beneficiar de imediato a mulher vítima de agressão

PL 6.433 de 2013 otimiza e dá concretude à Lei Maria da Penha, afirma delegado.

Projeto de lei (PL) visa beneficiar de imediato a mulher vítima de agressão. O PL 6.433/2013, de autoria do deputado federal Bernardo Santana de Vasconcellos otimiza e dá concretude à Lei Maria da Penha. Para explicar como vai funcionar esta nova legislação, caso venha a ser aprovada, é o presidente do Sindicato dos Delegados de Polícia do Distrito Federal, Benito Tiezzi, ao Revista Brasília.
Ele explica que quando a vítima recorre a uma delegacia, o delegado faz uma representação para buscar medida protetiva para a mulher agredida, mas a tramitação deste documento demora, porque vai para o Ministério Público e depois o juiz decide e assim retorna para o cumprimento, ficando a mulher vulnerável durante todo esse processo.
Este projeto, afirma o Benito Tiezzi, visa corrigir esta demora da solução e dar imediatismo para esta medida protetiva, fazendo com que o delegado concretize algumas medidas, como a suspensão de um porte de arma que o agressor possa ter, o afastamento do agressor, a proibição dele se aproximar da vítima e de seus familiares e o encaminhamento desta mulher a um programa oficial de proteção e atendimento às vítimas de violência doméstica. Ou seja, são medidas que visam salvar ou proteger e garantir a integridade dela e de seus familiares.
Para ter acesso à tramitação e a integra do PL 6433/2013 clique aqui.

Confira as informações na íntegra sobre o projeto de lei que visa medida de proteção imediata à mulheres vítimas de violência doméstica, nesta entrevista ao Revista Brasília, com Miguelzinho Martins, na Rádio Nacional de Brasília.

Em março, consulta nacional da 4ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres reunirá indígenas, ciganas e representantes com deficiência, em Brasília

Encontro conta com o apoio institucional da ONU Mulheres Brasil

Visite o site da conferência: www.spm.gov.br/4cnpm

A Secretaria de Políticas para as Mulheres do Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos realiza, nos dias 1º, 2 e 3 de março de 2016, em Brasília, as Consultas Nacionais das Mulheres com Deficiência, das Ciganas e das Indígenas. Os debates integram as etapas preparatórias para a 4ª Conferência Nacional de Políticas para as Mulheres (4ªCNPM). O objetivo principal é assegurar a participação de segmentos específicos e de povos e comunidades tradicionais de todo o país, em especial das regiões mais isoladas, na etapa nacional da 4ª CNPM. O encontro tem o apoio institucional da ONU Mulheres.
De acordo com a coordenadora-executiva da 4ª CNPM, Rosali Scalabrin, as consultas são fundamentais para efetivar a participação de grupos que tradicionalmente encontram maior dificuldade de acesso e expressão nos processos convencionais de participação social. “A diversidade das mulheres brasileiras precisa estar representada na 4ª Conferência Nacional de Políticas para Mulheres, o que significa garantir visibilidade e voz à pluralidade de segmentos, grupos e etnias de mulheres brasileiras”, afirmou.
A coordenadora de Diversidade da SPM, Janaína Oliveira, explicou que as consultas serão realizadas em parceria com outros órgãos do governo federal, relacionadas aos três segmentos. “Isso permitirá discutir as especificidades destes segmentos em relação aos eixos temáticos da 4ª CNPM, garantindo visibilidade às questões das mulheres indígenas, ciganas e com deficiência, além de definir delegadas natas, representantes com direito a voz e voto, para a etapa nacional”, explicou. No total, serão escolhidas sete delegadas de cada segmento para participar da etapa nacional.
4ª CNPM – Durante o ano de 2015, milhares de mulheres mobilizadas em mais de 2.200 municípios em todos os Estados e no Distrito Federal estiveram envolvidas nas etapas preparatórias para a 4ª CNPM. Também foram realizadas outras consultas nacionais, dezenas de conferências livres e uma plenária governamental.
As participantes são delegadas, com direito a voz e voto, convidadas e observadoras de diferentes segmentos, como das mulheres negras, indígenas, lésbicas, quilombolas, urbanas, do campo, das águas e das florestas, mulheres com deficiência, entre outros.
O tema da 4ª edição da Conferência é “Mais direitos, participação e poder para as mulheres”. Para orientar as discussões das políticas públicas, foram estabelecidos quatro eixos temáticos: “Contribuição dos conselhos dos direitos da mulher e dos movimentos feministas e de mulheres para a efetivação da igualdade de direitos e oportunidades”; “Estruturas institucionais e políticas públicas desenvolvidas para as mulheres no âmbito municipal, estadual e federal: avanços e desafios”; “Sistema político com participação das mulheres e igualdade”; e “Sistema Nacional de Políticas para as Mulheres”.
Consultas Nacionais das Mulheres com Deficiência, das Ciganas e das Indígenas
Data: 1º, 2 e 3 de março de 2016
Horário da abertura: 16h
Local: A definir.

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2016

‘Ligue 180’ é tema de marchinha por um carnaval sem violência contra as mulheres

Letra e música são de autoria de Tião Simpatia, integrante da Rede Latino-americana de Artistas da campanha do secretário-geral da ONU “UNA-SE pelo fim da violência contra as mulheres”.
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
O carnaval já toma conta do Brasil e a inspiração de artistas. Um deles é o músico Tião Simpatia, integrante da Rede de Artistas da Campanha UNA-SE pelo fim da violência contra as mulheres.
Engajado na divulgação da Lei Maria da Penha nas artes, por meio de cordel, e em trabalho socioeducativo, Tião Simpatia agora destaca o Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher , da Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres do Ministério de Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos. “Violência doméstica ninguém mais aguenta. Não tolere, denuncie, ligue 180. É grátis qualquer um pode ligar. 24 horas no ar (…) Chega de maltrato e preconceito. Toda mulher tem direito. A viver sem violência”, registra o cantor na música.
Para a representante da ONU Mulheres Brasil, Nadine Gasman, assim como a violência de gênero entrou nas matrizes culturais, é pela mudança de cultura e atitude que a violência sexista, o machismo e as desigualdades de gênero poderão ser enfrentadas.
“A violência contra as mulheres se naturalizou, inclusive, por meio de obras artísticas e culturais. É importante que a desconstrução da violência seja feita em músicas, novelas e outras formas de expressão. Isso faz com as pessoas reflitam e comecem a perceber o quanto é fundamental eliminar a violência por meio de diferentes formas de expressão e linguagem, além de incentivar realidades inclusivas e respeitosas. O carnaval é alegria e nada melhor do que uma marchinha, com conteúdo crítico e de conscientização, para embalar o presente e o futuro sem violência contra as mulheres. Estes são passos decisivos em favor da igualdade de gênero”, afirma Nadine Gasman.
Rede Artistas UNA-SE
A Rede de Artistas da Campanha UNA-SE pelo fim à violência contra as mulheres foi criada em em 2011, com 29 artistas de diversos países da América Latina e do Caribe e hoje já conta com 71 integrantes. Os artistas têm como meta expressar seu compromisso e seu desejo de contribuir com os esforços das Nações Unidas, disseminando os objetivos, o trabalho e as atividades da Campanha.
A campanha do secretário-geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, “UNA-SE pelo fim da violência contra as mulheres”, foi lançada em fevereiro de 2008, e seu objetivo é aumentar a consciência das pessoas e incrementar a vontade política e os recursos destinados a prevenir e responder à violência contra as mulheres.A campanha faz um chamado à ação de governos, sociedade civil, organizações de mulheres, jovens, setor privado, artistas, meios de comunicação e a homens e mulheres que queiram somar esforços para eliminar este problema.
Sobre o Ligue 180
Em novembro de 2015, Ligue 180 completou 10 anos de operação com mais de 4 milhões de atendimentos. Imagem: divulgação
Em novembro de 2015, Ligue 180 completou 10 anos de operação com mais de 4 milhões de atendimentos. Imagem: divulgação
A Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência – Ligue 180 é um serviço de utilidade pública gratuito e confidencial (preserva o anonimato), oferecido pela Secretaria Especial de Políticas para as Mulheres, do Ministério das Mulheres, Igualdade Racial e Direitos Humanos, desde 2005.
O Ligue 180 funciona 24 horas, todos os dias da semana, inclusive finais de semana e feriados, e pode ser acionada de qualquer lugar do Brasil e de mais 16 países (Argentina, Bélgica, Espanha, EUA (São Francisco), França, Guiana Francesa, Holanda, Inglaterra, Itália, Luxemburgo, Noruega, Paraguai, Portugal, Suíça, Uruguai e Venezuela).
Desde março de 2014, o Ligue 180 atua como disque-denúncia, com capacidade de envio de denúncias para a segurança pública com cópia para o Ministério Público de cada estado. O Ligue 180 é a porta principal de acesso aos serviços que integram a Rede nacional de enfrentamento à violência contra a mulher, sob amparo da Lei Maria da Penha.
Letra na íntegra – Tião Simpatia