quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Trabalho e prevenção à violência contra as mulheres são temas de palestra da ONU e do Ministério Público do Trabalho, em 25/11, em Brasília

Encontro é gratuito e aberto ao público. Marca ação de instituições parceiras no Dia Internacional pela Eliminação da Violência contra as Mulheres, como parte da campanha “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”

Trabalho e prevenção à violência contra as mulheres são temas de palestra da ONU e do Ministério Público do Trabalho, em 25/11, em Brasília/onu mulheres noticias direitosdasmulheres

O Ministério Público do Trabalho (MPT), o Escritório das Nações Unidas de Serviços para Projetos (UNOPS) e a ONU Mulheres promovem palestra sobre trabalho no âmbito da campanha “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres”, na próxima (25/11), às 16h, na sede da Procuradoria-Geral do Trabalho, em Brasília (SAUN Quadra 5, Lote C, Torre A). O evento, cujo tema é O trabalho como instrumento pelo fim da violência contra as mulheres, é aberto ao público em geral e não é necessário realizar inscrição prévia.
O encontro pretende trazer aportes e reflexões sobre a importância do trabalho como instrumento pelo fim da violência contra as mulheres a partir de sua perspectiva da autonomia econômica e como importante ferramenta na construção e produção das subjetividades e fortalecimento das mulheres para o enfrentamento da questão da violência. Serão apresentadas as principais iniciativas no âmbito das Nações Unidas para promover o engajamento das empresas no processo de garantir às mulheres uma vida livre de violências.
Na mesa de abertura do evento estarão presentes a vice-procuradora-geral do Trabalho, Maria Aparecida Gugel; a representante do UNOPS no Brasil, Claudia Valenzuela e a representante interina da ONU Mulheres Brasil, Ana Carolina Querino. A palestra será realizada pela consultora da ONU Mulheres, advogada, professora universitária Fernanda Castro Fernandes. Ela é mestra em Educação e doutora em Direito pela USP.
Impacto no mercado de trabalho e produtividade – De acordo com a pesquisa Violência Doméstica e seu Impacto no Mercado de Trabalho e na Produtividade das Mulheres, da Universidade Federal do Ceará e do Instituto Maria da Penha, mostram que as mulheres vítimas de violência doméstica no Nordeste, entre 2016 e 2017, 23% recusaram ou desistiram de alguma oportunidade de emprego nesse mesmo período de referência porque o parceiro era contra. Enquanto isso, 9% das mulheres não vitimadas pelos parceiros reportaram ter recusado alguma oportunidade de emprego.
Mulheres vítimas de violência domésticas, entre 2016 e 2017, reportaram menor frequência no exercício de sua capacidade de concentração, na capacidade de dormir bem, em tomar decisões, além de se sentir frequentemente estressada e menos feliz em comparação as mulheres não vitimadas pelos parceiros.
Para a região Nordeste, mulheres vítimas de violência doméstica apresentam uma duração média de emprego 21% menor do que a duração daquelas que não sofrem violência e possuem um salário cerca de 10% menor do que aquelas que não são vítimas de violência. Segundo o estudo, ser vítima de violência doméstica se correlaciona negativamente com a produtividade e o salário-hora da mulher, e esse efeito é maior em mulheres negras.
16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres – A campanha “16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra as Mulheres” é uma mobilização global da sociedade civil que, no Brasil, dura 21 dias, pois inicia no dia 20 de novembro, Dia Nacional da Consciência Negra, e se encerra no dia 10 de dezembro, Dia Internacional dos Direitos Humanos. Esta mobilização global é apoiada pela campanha do Secretário-Geral da ONU “Una-se pelo Fim da Violência Contra as Mulheres”, com o objetivo de sensibilizar, galvanizar o ativismo e compartilhar conhecimento e inovação para prevenir e eliminar a violência contra mulheres e meninas em todo o mundo.
Governos, sociedade civil, escolas, universidades, empresas, associações esportivas e as pessoas individualmente manifestam solidariedade às vítimas, às ativistas, aos movimentos de mulheres e às defensoras dos direitos humanos das mulheres para acabar com a violência contra mulheres e meninas.


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