segunda-feira, 2 de maio de 2016

Ministério da Saúde promove vacinação dos povos indígenas

Ação tem objetivo de imunizar cerca de 120 mil indígenas aldeados em todas as regiões do país

Desde a criação da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), em 2010, o Ministério da Saúde tem ampliado o acesso à assistência médica para a melhoria da qualidade de vida de aproximadamente 305 povos indígenas, que congregam 5.150 aldeias e uma população de 688 mil pessoas.


Todos os Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) do país, ao todo 34, receberão, a partir deste sábado (30/4), uma força-tarefa para imunizar cerca de 120 mil indígenas aldeados no país. Até o término da ação, 29/5, mais de três mil profissionais terão a disposição 202 mil doses de diferentes vacinas. O objetivo é atualizar a caderneta de vacinação dos índios, incluindo os que vivem em populações isoladas. A cerimônia de abertura do mês de vacinação acontecerá na Aldeia Ypegue, em Aquidauana, no Mato Grosso do Sul.
 O Mês de Vacinação da População Indígena (MVPI) integra a Semana de Vacinação nas Américas, liderada pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) desde 2005, e adotada pelo Ministério da Saúde em conjunto com a Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe. Neste ano, a semana envolverá 44 países, alcançando 44 milhões de crianças e adultos.
 “Este é um momento importante para intensificarmos as atividades das equipes multidisciplinares de saúde indígena. As aldeias já recebem este atendimento na atenção básica à saúde, mas como algumas áreas são remotas, temos este momento para atualização do calendário vacinal junto a essa população” explica o Secretário Especial da Saúde Indígena, Rodrigo Rodrigues.
 No Brasil, os povos indígenas receberão doses de vacinas contra doenças como Hepatite A e B, Rubéola, Coqueluche, Sarampo, Caxumba, Difteria, Tétano, Poliomielite, Febre Amarela, Varicela, formas graves de Tuberculose, Gastroenterites causadas por Rotavírus, HPV (tipos 6, 11, 16 e 18), Influenza, Pneumonias, Meningites e outras infecções bacterianas graves. 
A ideia é intensificar a imunização da população mais vulnerável, como crianças de até quatro anos, mulheres em idade fértil e idosos, que vivem em áreas de difícil acesso e onde há baixa cobertura vacinal. Os Distritos Sanitários Especiais Indígenas também definirão quais as áreas prioritárias de suas regiões.
 Para realizar a mobilização em lugares tão distantes dos grandes centros e muitas vezes isolados, o Ministério da Saúde está investindo mais de R$ 4 milhões, incluindo recursos para: logística, transporte e imunobiológicos (SVS). Mais da metade da equipe envolvida na vacinação são agentes indígenas de saúde e de saneamento. Também participarão profissionais que integram as Equipes Multidisciplinares de Saúde Indígena (EMSI), como médicos, enfermeiros, auxiliares de enfermagem, cirurgiões dentistas e auxiliares de saúde bucal. 
Em 2015, foram aplicadas 141.000 doses de vacinas em 115.863 indígenas de 849 aldeias. Além da imunização foram realizadas avaliação nutricional, atendimento odontológico, testes rápidos de HIV/Hepatites/Sífilis, consultas de pré-natal e exames laboratoriais e clínicos, totalizando mais de 100 mil atendimentos.
 SAÚDE INDÍGENA – Desde a criação da Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai), em 2010, o Ministério da Saúde tem ampliado o acesso à assistência médica para a melhoria da qualidade de vida de aproximadamente 305 povos indígenas, que congregam 5.150 aldeias e uma população de 688 mil pessoas.
 Outro avanço importante é o aumento da presença de médicos nos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI). O Programa Mais Médicos ampliou número de profissionais atuando nessas áreas. Atualmente 339 médicos no programa atuam nos DSEI. Assim, todos os 34 distritos indígenas passam a contar com médicos nas equipes multidisciplinares de saúde indígena.
 Por Gabriela Rocha, da Agência Saúde
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